"Quando me perguntam como é que se combate o populismo, eu repondo: combate-se o populismo respeitando o povo. Respeitar o povo é dar atenção aos problemas efetivos das pessoas concretas que vivem no nosso país. É partilharmos da solidariedade e, falando verdade, dizermos não podemos resolver tudo de uma só vez, mas que, passo a passo, iremos cumprir aquilo com que nos comprometemos e iremos resolver os problemas com que cada um se confronta", acrescentou.
Para António Costa, que falava perante cerca de 500 pessoas num restaurante de Grândola, "é assim que se constrói uma sociedade mais inclusiva, com menos desigualdade e mais democrática".
"É assim que nós reforçamos a confiança nas instituições, na democracia. E é reforçando a confiança na democracia que melhor a defendemos, melhor lhe damos força, melhor lhe damos vida e cada vez mais, teremos toda a agente a dizer: viva o 25 de abril", disse o chefe do governo.
António Costa falou também da importância de Portugal ter tido este ano o défice mais baixo desde revolução de 1974, defendendo que se trata de mais um "instrumento para melhorar a vida dos portugueses, com "finanças públicas sãs, para uma economia mais forte e uma vida melhor para todos aqueles que vivem e trabalham em Portugal".
O primeiro-ministro salientou ainda que o Governo vai continuar trabalhar para reduzir a divida e o défice, mas também para "aumentar o investimento na educação", para promover "mais justiça fiscal" e pela dignidade do trabalho e dos trabalhadores, ao mesmo tempo que saudava o acordo alcançado setor do calçado, que permitiu acabar com a desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Antes do secretário-geral do PS, o presidente da Federação Distrital de Setúbal, António Mendes, falou das eleições autárquicas no distrito de Setúbal para dizer que o PS vai lutar pela maioria em todas as autarquias do distrito, apesar de se tratar de uma região de grande influência do PCP, um dos partidos que garante o apoio parlamentar do atual governo PS.
O dirigente socialista ressalvou, no entanto, que o facto de "não haver pactos autárquicos não significa que haja agressão com esses partidos [que apoiam o governo], nem com os outros".
No jantar comemorativo do 25 de abril em Grândola, houve ainda espaço para uma intervenção do cabeça-de-lista do PS às próximas eleições autárquicas em Grândola, Aníbal Cordeiro, que se propõe reconquistar o município que o PS perdeu há quatros anos para a atual maioria CDU.
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