"A obra demorou 19 dias e abre 11 dias antes do prazo que os técnicos tinham dado. Está pronta", disse o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago, que fez questão de assinalar a reabertura cerca das 17:00 da estrada com uma conferência de imprensa, na qual foi revelado que a obra custou 130 mil euros à autarquia.
A antiga EN13, localizada no concelho da Maia, no distrito do Porto, sofreu um aluimento de piso no dia 19 de janeiro.
No dia 29 do mesmo mês, a Câmara da Maia, em resposta a perguntas enviadas pela agência Lusa, indicou que tinha tido conhecimento, em outubro, de que a antiga EN13 apresentava "sinais de deterioração", razão pela qual elaborou "de imediato" um projeto para o local.
"Em outubro, a [concessionária] Ascendi entregou à Câmara da Maia uma inspeção vídeo da passagem hidráulica sobre a antiga N13, conduta essa que está colocada a seis metros de profundidade e não é visitável. Nessa inspeção, foram detetados sinais de deterioração que não eram visíveis no exterior, nomeadamente uma ovalização da conduta que não oferecia perigo imediato", referia resposta escrita da autarquia.
Hoje, António Silva Tiago, confrontado com críticas da oposição, bem como como em resposta à pergunta sobre se a Câmara podia ter atuado mais rápido, indicou que "a entrega [da EN13 à autarquia] foi feita há décadas sem nenhum cadastro e que "não se sabia que existia um aqueduto mal feito" no local.
"Agora fez-se uma obra digna e duradoura. Esta Câmara é muito responsável e os técnicos da Câmara são altamente competentes", disse o autarca, recusando que tivesse existido "risco" pois, segundo frisou, "a estrada estava já a ser monitorizada" e a zona degradada encontrava-se "vedada".
"Na minha opinião esta até é uma obra hidráulica que pertence ao concessionário Ascendi. Embora a EN13 seja municipal, não é líquido que o aqueduto que aqui passa por baixo e foi colocado pelo Estado a seu devido tempo, seja propriedade da Câmara. Mas nós resolvemos e se agora acharmos que temos de mandar a fatura, mandaremos", disse o autarca.
Questionado sobre se pondera, então, responsabilizar o Estado, a Infraestruturas de Portugal ou alguma concessionária, António Silva Tiago, referiu apenas: "Os serviços jurídicos é que vão ver isso".
António Silva Tiago frisou, por fim, que quem usou a A41 para fazer desvios alternativos durante as obras não vai pagar portagens, um compromisso que disse ter com a Secretaria de Estado.
O autarca aproveitou para apelar ao Governo para que o número de pórticos e portagens na zona seja menor.
"Estes problemas acontecem porque as estadas nacionais estão a ser maltratadas com trânsito. Ainda hoje pedi à senhora ministra da Coesão Territorial um modelo mais amigável nesta coroa metropolitana. Há pórticos e portagens a circundar a Maia", disse António Silva Tiago, enumerando as autoestradas A28, A4, A3 e A41.
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