“Ficamos aquém do nosso objetivo, que era eleger um eurodeputado, no entanto, atendendo às circunstâncias, ganhámos aqui muita força para as eleições legislativas de outubro e agora é nessas que estamos a concentrar todo o nosso foco e toda a nossa energia”, afirmou André Ventura.
O cabeça de lista da coligação Basta – composta pelo Partido Popular Monárquico (PPM), Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC) e com o apoio do partido Chega e do movimento Democracia 21 -, afirmou que “com uma taxa de abstenção na ordem dos 70%, conseguir cerca de 45 mil votos” é um “elemento extraordinário”.
“Com um mês e meio de existência, sermos a nona força mais votada no país é um enorme orgulho e dá-nos um enorme sentido de responsabilidade”, considerou, acrescentando que a coligação retira “boas lições” desta campanha.
O primeiro candidato pela coligação Basta explicou também que a elevada taxa de abstenção “mostra a tal distância entre os portugueses e os políticos”, além da “dificuldade cada vez maior de passar a mensagem” política.
“É um drama, mas só com novas forças políticas e novas ideias como nós temos feitos é que isso tem sido possível de ser combatido”, vincou.
Ventura disse estar convencido de que uma grande parte dos eleitores que votaram na coligação “vieram da abstenção” e que eram pessoas “que nunca antes tinham votado”.
O desafio para as legislativas será “ir buscar mais” pessoas à abstenção e “eleger deputados para a Assembleia da República”.
Questionado sobre se o partido Chega se vai candidatar sozinho ou se a coligação se repetirá nas eleições legislativas, André Ventura não deu certezas, mas disse que a possibilidade está em aberto.
“O Chega ainda vai ter a sua primeira convenção e aí será definida a estratégia e também o candidato a primeiro-ministro será apresentado pelo Chega e/ou, eventualmente, em coligação”, finalizou.
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