“Ficou claro que não há unanimidade dentro do partido, entre os conselheiros nacionais, em relação a uma eventual candidatura minha à Presidência da República”, disse à agência Lusa André Ventura, no final do Conselho Nacional do Chega, realizado hoje na Nazaré.
No encontro que teve como objetivo ouvir os conselheiros sobre a escolha do candidato a Presidente da República foi patente “uma divisão quase igualitária” entre os que defendem a candidatura do líder e aqueles que “defendem que não seja [candidato], com os riscos que isso pode ter na questão do exercício do mandato como deputado na Assembleia da República”, afirmou André Ventura.
Ainda assim, o fundador do partido não descarta a possibilidade de candidatar-se à Presidência da República, tema sobre o qual estará “em reflexão” até ao próximo mês de fevereiro, altura em que anunciará a decisão num novo Conselho Nacional, em Portalegre.
Na reunião de hoje ficou ainda assente que “o Chega não coloca a hipótese de apoiar a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa”, acrescentou André Ventura.
O perfil do candidato “terá que ser o de alguém claramente antissistema, claramente para pôr o dedo na ferida nos processos anti-corrupção, nos processos de falta de transparência e nos processos de verdadeiro saque em que está o estado democrático hoje”, concluiu.
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