“Apontamos problemas a nível da instalação da escola, falta de funcionários e necessidade de maior verba para a limpeza, mas o principal é a necessidade de realização de obras nas casas de banho, nas canalizações e a remoção do fibrocimento [amianto] que ainda existe em algumas coberturas da escola”, explicou Beatriz Mendes à agência Lusa.
De acordo com a aluna, devido aos problemas nas canalizações, há uma casa de banho “que se encontra encerrada há vários meses”, uma situação que já se verificava no último protesto dos estudantes, em outubro do ano passado.
Outra das prioridades é a mudança do pavimento do pavilhão de educação física, que, segundo a estudante, “é de madeira, está danificado e não é o mais indicado para a prática de ginástica”.
Os alunos receberam a indicação de que as obras começam este ano, no entanto, não querem “promessas”, mas sim “concretizações”.
“Houve uma confirmação por parte da entidade responsável que as obras na canalização iriam avançar este ano, mas foi uma promessa e nós queremos realmente ver isso concretizado e ter a certeza que vai acontecer. São problemas que estão a ficar muito graves e é urgente serem resolvidos”, sublinhou.
O protesto inicia-se pelas 08:00 no portão da escola e está previsto durar toda a manhã, consoante a adesão dos alunos.
Além da manifestação, os estudantes elaboraram uma carta a exigir ao Governo a resolução de problemas da escola pública, como a “elevada carga horária, o elevado número de alunos por turma, a falta de investimento no ensino nas vias profissionalizantes e os constrangimentos no acesso ao ensino superior”.
Segundo Beatriz Mendes, a direção da escola tem apoiado os alunos, mas estes problemas têm que ser resolvidos pelo Estado.
“A direção tem-se mostrado sempre disponível para ouvir os problemas dos alunos e faz tudo o que pode, mas realmente há questões que não estão ao seu alcance e que só podem ser resolvidos com um aumento do financiamento por parte do Governo e do Ministério da Educação”, apontou.
Em 23 de outubro do ano passado, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, visitou a Escola Secundária Fernão Mendes Pinto e advertiu que a instituição “não tem obras há 40 anos”, tendo principalmente problemas estruturais, ao nível da canalização e de roturas.
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