"Este de facto é um investimento inédito, um investimento totalmente privado e, eu arrisco mesmo a dizer, o maior investimento privado aqui na região. Este investimento de forma direta é um investimento superior a dez milhões de euros", afirmou Alexandre Fonseca, ressalvando que o investimento feito no último ano na região ultrapassou os 15 milhões de euros, uma vez que também foram investidos cinco milhões de euros na modernização do ‘data center’ da Covilhã.

Alexandre Fonseca falava naquela infraestrutura, que hoje recebeu a cerimónia de inauguração do projeto de infraestruturação de fibra ótica de nova geração que abrange seis concelhos e três distritos: Covilhã e Fundão (distrito de Castelo Branco), Gouveia e Manteigas (distrito da Guarda) e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra).

Uma "escolha natural" que teve como base a estratégia da Altice Portugal e o pilar da "proximidade ao país, aos portugueses e aos territórios", sem esquecer as zonas do interior e de baixa densidade", como destacou.

Com uma função social muito forte e afirmando-se como um fator de atração para empresas e de fixação de pessoas, este projeto permitiu instalar 77.762 quilómetros de fibra na região, abrange mais de 60 freguesias e permite ligar a serra da Estrela de "encosta a encosta" com fibra ótica.

Um projeto que já está concretizado e que, como explicou Alexandre Fonseca, foi expandido a várias freguesias que não estavam inicialmente previstas e onde hoje já há fibra ótica.

"Da nossa ambição inicial de cobrir 75% do território destes seis concelhos, alargámos para quase 85% do território, servindo cerca de 144 mil pessoas e cerca de 90 mil lares nesta região", disse.

Este responsável mostrou-se ainda ciente da importância da aposta, já que a conectividade é fundamental para potenciar o desenvolvimento económico e social das regiões.

"É um projeto que representa igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, para todas as empresas, instituições destas regiões", acrescentou.

Alexandre Fonseca destacou ainda que este projeto se enquadra na estratégia que a Altice está a seguir desde 2015 e que, até ao final do próximo ano, permitirá que a fibra ótica chegue a cinco milhões e meio de casas portuguesas, abrangendo 100% da população e permitindo que Portugal seja o "primeiro país europeu a ter 100% da população servida por fibra ótica".

Um objetivo que está mais perto de ser alcançado graças ao projeto da serra da Estrela, que também contribui para aumentar as condições de competitividade e a luta contra a desertificação destes territórios, como foi apontado ao longo das intervenções dos presidentes e vereadores das câmaras municipais dos concelhos abrangidos.

Os autarcas mostraram-se confiantes de que a implementação da fibra ótica nos seus territórios contribuirá para atrair empresas e, consequentemente, para criar emprego e fixar pessoas, além de melhorar a qualidade de vida dos que ali vivem.

O facto de este projeto ajudar a "romper barreiras", de poder contribuir para atrair profissionais qualificados de outras cidades e de outros países – os "nómadas digitais" –, bem como a importância que pode ter no turismo, na cultura e na promoção da inclusão social foram outros dos aspetos sublinhados pelos autarcas.

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