Os dados do NVI indicam que às 11:00 (10:00 hora em Lisboa) a participação nas eleições era de 30%, uma percentagem que é superior à média da participação, à mesma hora, nas eleições húngaras desde 1990.
As últimas sondagens indicam uma vantagem clara para o Fidesz, o partido conservador nacionalista do primeiro-ministro, Viktor Orbán, que em campanha eleitoral prometeu prosseguir com as suas políticas anti-imigração.
Nos últimos dias antes das eleições, Orbán e o seu governo intensificaram as mensagens populistas e alarmistas sobre alegados perigos de uma possível vaga migratória de muçulmanos rumo ao país. Ao mesmo tempo, um diário conotado com a oposição revelou nos últimos dias vários escândalos de corrupção que, alegadamente, envolvem pessoas próximas de Orbán.
As sondagens dão ao Fidesz 45% das intenções de voto, seguidos da extrema-direita Jobbik, com 20%, e da coligação entre os sociais-democratas MSZP e o centro-esquerda Diálogo (Párbeszéd) com 19%.
O primeiro-ministro húngaro declarou hoje, ao depositar o seu voto, que "a União Europeia não está em Bruxelas".
"A UE está em Berlim, Budapeste, Praga e Bucareste", numa aparente referência aos choques que manteve com as instituições europeias nos últimos anos, devido, por exemplo, à reforma constitucional húngara.
"A alta participação é uma boa notícia para aqueles que querem mudanças, porque sabemos que são uma maioria e a grande questão é se iriam votar ou não", assegurou, por seu lado, o candidato da coligação de esquerda, Gergely Karácsony.
Segundo os analistas, uma participação alta poderia ser benéfica para os partidos da oposição, que fizeram tudo para mobilizar os seus apoiantes.
Os eleitores húngaros depositam hoje dois votos: um para os candidatos às 106 circunscrições do país e outro para as listas fechadas dos partidos, com o qual elegem outros 63 deputados do Parlamento húngaro, que, tal como o português, só tem uma câmara.
Às 106 circunscrições apresentaram-se quase 1.500 candidatos, em representação de 105 organizações e partidos, muitos deles locais.
As 10.285 assembleias de voto estarão abertas até às 18:00 (hora de Lisboa), quando começa o escrutínio dos votos.
O gabinete NVI deverá publicar os primeiros resultados oficiais antes das 23:00.
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