O anterior balanço fornecido pelas autoridades dava conta de nove feridos.
Também o número de denúncias por delitos cometidos durante os protestos subiu de 25 para 37.
A polícia informou que, horas depois dos protestos, um afegão de 20 anos foi atacado em Chemnitz por quatro homens encapuzados, e que o incidente está a ser investigado, nomeadamente se os agressores eram participantes da manifestação convocada no sábado por vários movimentos da extrema-direita e anti-imigração.
“Apesar do esperado e pelo número de delitos conhecido até ao momento, a jornada foi pacífica em termos gerais”, disse a chefe da polícia de Chemnitz, Sonja Penzel, citada num comunicado.
As forças de segurança reconheceram, no entanto, que “durante e após as manifestações ocorreram situações em que a polícia teve de agir para evitar uma escalada” da violência.
No sábado, a cidade de Chemnitz recebeu duas manifestações distintas: um protesto para expressar uma postura anti-estrangeiros e uma ação para apoiar a política migratória do Governo alemão.
Segundo as estimativas finais da polícia, e no conjunto das manifestações, pelo menos 11.000 pessoas estiveram nas ruas de Chemnitz.
A manifestação com a maior assistência foi a ação convocada por vários movimentos da direita radical, pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e pelo movimento xenófobo e anti-Islão Pegida.
Também no sábado saiu à rua em Chemnitz uma ação promovida por várias associações e partidos políticos progressistas, sob o lema “O coração em vez do ódio”.
Para acompanhar as iniciativas, a polícia destacou cerca de 2.000 agentes.
Chemnitz, cidade na Saxónia, no leste da Alemanha, tem sido palco de vários protestos e confrontos na última semana.
Após a morte por esfaqueamento de um alemão e a detenção pela polícia de dois suspeitos do crime, um iraquiano e um sírio, grupos de extrema-direita lançaram no domingo passado uma “caça aos estrangeiros” nas ruas de Chemnitz.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, reiterou os apelos para uma mobilização da sociedade alemã, que “se deve levantar do sofá”, segundo as palavras do próprio, contra o racismo e a xenofobia.
“Devemos todos mostrar ao mundo que nós, os democratas, somos a maioria e que os racistas são a minoria. A maioria silenciosa deve levantar a voz”, declarou o ministro, uma entrevista ao diário Bild.
Igualmente em declarações ao Bild, a ministra da Justiça alemã, a também social-democrata Katarina Barley, defendeu a abertura de uma investigação para determinar se os incidentes em Chemnitz foram planeados e organizados pela extrema-direita.
Comentários