
“A informação que eu recebi foi de que a dissolução [será] a 19 de março, com efeitos a partir de 20”, adiantou José Pedro Aguiar-Branco.
No final de uma maratona de votações no plenário, Aguiar-Branco tomou a palavra para se despedir dos deputados, uma vez que será o último plenário no qual participa, indicando que na próxima semana estará “ausente do país”.
“É o meu último plenário, não é o último plenário da Assembleia, que esse será na próxima semana, na quarta-feira”, indicou.
Na sequência desta intervenção, o deputado do PSD Hugo Carneiro questionou se na próxima quarta-feira a reunião será plenária ou já da Comissão Permanente, o órgão que funciona quando a Assembleia da República está dissolvida.
Aguiar-Branco explicou que estava previsto que na quarta-feira já se reunisse a Comissão Permanente, mas dado o calendário que lhe foi transmitido, ainda poderia haver uma última reunião plenária para o debate preparatório do Conselho Europeu, que esteve inicialmente previsto para esta semana.
E acrescentou que, “se houver alguma alteração”, esse debate será feito em Comissão Permanente.
“Eu vou clarificar hoje e notificarei. Esta era a informação que eu tinha, foi a que me foi transmitida, não lhe posso resolver isto neste momento. Será feita a respetiva indicação durante a parte de tarde”, indicou, depois de o deputado socialista Filipe Neto Brandão ter dito que “importa clarificar” quando é que o parlamento será dissolvido.
“Até porque tem consequências para saber se pode haver uma comissão na quarta-feira de manhã, ou não”, afirmou o presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
O Presidente da República anunciou na quinta-feira, numa comunicação ao país, que as eleições legislativas antecipadas vão realizar-se a 18 de maio, na sequência da crise política que levou à demissão do Governo PSD/CDS-PP.
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