“Apresentámos às autoridades nacionais um relatório inicial que indica que o massacre do povo somali em Mogadíscio, em 28 de dezembro de 2019, foi planeado por um país estrangeiro”, indicou a NISA, na sua conta oficial na rede social Twitter, sem revelar qual o país em causa ou avançar com quaisquer provas relativas a esta acusação.
O serviço de espionagem somali acrescentou: “Trabalharemos com algumas agências de inteligência do mundo na investigação em curso”.
A mensagem da NISA sucede a uma notícia do jornal turco “Yeni Safak”, que garante que os Emirados Árabes Unidos estão por detrás do massacre, não citando, porém, qualquer fonte que sustente a informação.
O ataque terrorista de sábado foi o mais mortífero desde outubro de 2017, provocando, pelo menos, 92 mortos e 125 feridos, de acordo com dados do hospital de Mogadíscio avançados à agência noticiosa Efe, ainda que o Governo somali mantenha o número de mortes em 81.
Um avião da Força Aérea turca aterrou hoje em Mogadíscio com toneladas de material e 24 médicos, enquanto foram transferidos 16 somalis em estado crítico, assim como os corpos dos dois engenheiros turcos que morreram no ataque.
O atentado ocorreu no sábado de manhã, quando um presumível suicida, fez explodir à hora de ponta um camião armadilhado que conduzia junto a um posto de controlo numa estrada utilizada pelos veículos que saem e entram em Mogadíscio a partir da cidade de Afgoye.
Até agora, nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do ataque, ainda que o grupo extremista islâmico Al Shaba tenha repudiado a construção daquela estrada pela Turquia e financiada pelo Qatar.
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