“Encontraremos as redes que ajudaram a transportar os materiais (‘rockets’) utilizados no ataque”, que foi reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), disse Amrullah Saleh na sua página na rede social Facebook.
O balanço anterior apontava para oito mortos e 31 feridos.
Os atacantes dispararam 23 ‘rockets’ sobre o centro de Cabul, perto da Zona Verde, onde se situam as embaixadas e empresas internacionais, além do palácio governamental e outras estruturas governamentais.
Os ‘rockets’ atingiram zonas densamente povoadas, nomeadamente um hospital.
Num comunicado, o EI reivindicou no sábado o ataque.
O grupo já tinha reivindicado a autoria de alguns dos ataques mais sangrentos dos últimos meses, como um contra a Universidade de Cabul no início de novembro e outro contra um centro educativo em outubro.
No entanto, os responsáveis governamentais afegãos têm responsabilizado os talibãs ou os seus aliados pelos ataques e fizeram o mesmo em relação ao ataque de sábado.
Nos últimos seis meses, os talibãs realizaram 53 ataques suicidas e 1.250 atentados que fizeram 1.210 mortos e 2.500 feridos entre civis, disse esta semana o porta-voz do Ministério do Interior, Tariq Arian.
O país continua a ser afetado pela violência, apesar de estarem em curso negociações entre Cabul e os talibãs desde 12 de setembro.
As explosões de sábado aconteceram no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, se reuniu no Qatar com negociadores do movimento extremista islâmico talibã e do governo do Afeganistão, dias após os EUA anunciarem uma retirada substancial das tropas naquele país.
As reuniões com ambas as partes realizam-se após o secretário de Defesa em exercício, Christopher C. Miller, ter anunciado oficialmente na terça-feira a retirada parcial das tropas norte-americanas no Afeganistão. Das atuais 4.500 só devem permanecer 2.500 após 15 de janeiro de 2021.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu, à chegada à Casa Branca em 2017, pôr fim à presença de soldados norte-americanos em território afegão, mas foi persuadido pelos generais a deixar uma parte para ajudar a estabilizar a situação no país.
No final de fevereiro, os talibãs e os EUA assinaram um acordo histórico em Doha, com os norte-americanos a anunciarem a retirada das tropas no prazo de 14 meses, com a outra parte a comprometer-se em impedir que o território afegão preste apoio a atividades terroristas no futuro.
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