“A solução central para a resolução dos problemas imediatos passa por mais trabalhadores para a manutenção e reparação de comboios e navios, mais trabalhadores para guarnecer a operação da circulação de comboios e navios e trabalhadores para guarnecer estações, bilheteiras e serviços de atendimento a utentes”, refere a Fectrans em comunicado, divulgado na sua página oficial na Internet.
A Fectrans, que reuniu hoje com as comissões de trabalhadores das empresas públicas de transportes, defendeu ainda que caso exista vontade política para a admissão de mais trabalhadores, o Governo “não terá necessidade de repetir o pedido de desculpa aos portugueses”.
“É preocupante o estado de degradação do serviço público de transportes, que tem como consequência um pior serviço às populações e o agravamento das condições de trabalho”, frisa o documento.
No comunicado, a Fectrans salienta que a situação atual é um resultado da “falta de medidas que têm sido reclamadas pelas organizações representativas de trabalhadores junto do atual governo do PS”, de modo a inverter a “linha de destruição do serviço público de transportes desencadeada no mandato do governo do PSD/CDS-PP.
“A falta de trabalhadores, o desinvestimento, a falta de medidas para responder aos problemas no imediato para a recuperação de material circulante, de modo a aumentar-se a capacidade de oferta, são as causas da degradação a que temos assistido”, refere.
A Fectrans lembra ainda muito do serviço só é possível realizar com recurso a trabalho extraordinário e que a situação se vai agravar no futuro.
As organizações de trabalhadores decidiram realizar uma tribuna pública na manhã do dia 18 de junho, na estação do Cais do Sodré, em Lisboa.
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