Terminou a Eurovisão. Desta vez, Portugal não repetiu o feito de 2017 e ocupou o 12.º lugar, numa edição em que Itália foi o país vencedor — com a canção "Zitti e buoni", interpretada pelos Måneskin.
Além do troféu, os italianos levam outra história para casa (e esta pode não ser tão positiva). Durante o evento em Roterdão, nos Países Baixos, um comportamento do vocalista foi assinalado como suspeito, o que se agrava por ter sido transmitido em direto: Damiano David baixou-se e tocou a mesa com o nariz durante o festival, gesto que foi associado ao consumo de drogas.
Questionado sobre o incidente na conferência de imprensa, o cantor explicou que se inclinou porque o guitarrista Thomas Raggi acabara de partir um vidro. "Não uso drogas, por favor. Não digam isso, a sério. Nada de cocaína. Por favor, não digam isso", disse.
A União Europeia de Radiodifusão (EBU) confirmou que há sinais de que um vidro se terá partido. "Estamos conscientes das especulações à volta de um vídeo dos vencedores italianos do Festival Eurovisão da Canção na Sala Verde, na noite passada", foi referido em comunicado, destacando que realmente "um vidro se partiu e foi encontrado no local durante uma inspeção".
Instalada a polémica, o vencedor da Eurovisão será sujeito a um teste de despistagem de drogas no regresso a Itália, que terá sido solicitado pela própria banda na noite de ontem — mas que "não pôde ser providenciado imediatamente pela EBU".
A banda voltou a reagir, desta vez nas redes sociais, garantido que este será apenas um episódio mal contado. "Estamos prontos para fazer testes porque não temos nada a esconder. Estamos verdadeiramente chocados que algumas pessoas digam que o Damiano usa drogas. Somos mesmo contra as drogas e nunca usámos cocaína".
É caso para dizer que, se o teste confirmar estas afirmações, a banda poderá cantar com novo sentido dois dos versos da canção vencedora:
Parla la gente purtroppo [Infelizmente as pessoas falam]
Parla, non sa di che cosa parla [Falam, não sabem do que falam]
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