O valor representa pouco mais que 1% dos 28 milhões de habitantes que se estima serem a população total do país.
“São pessoas que, entre outubro e março do próximo ano, vão ficar sem ‘stocks’ próprios de comida, proveniente das suas colheitas” e que vão ter dificuldade em ter acesso à alimentação no mercado por falta de rendimentos, referiu Karin Manente à Lusa.
Ainda assim, o número “é bem reduzido, quando comparado com o ano passado, em que havia 2,1 milhões de pessoas” na mesma situação – ou seja, sem capacidade para serem autossuficientes na sua alimentação até às próximas colheitas.
Este ano não houve seca e isso melhorou a situação, acrescentou.
Aquela responsável falava à margem da apresentação do novo plano estratégico do PAM para Moçambique nos próximos cinco anos, que aposta na criação de resiliência da população face à seca e outras consequências das mudanças climáticas.
Para apoiar as 360 mil pessoas que se prevê possam precisar de ajuda especial, o PAM deverá atuar entregando alimentos, mas também preparando as comunidades mais vulneráveis para serem autossuficientes – o que passa por melhorar processos agrícolas, de armazenamento ou comercialização.
Para já, o programa tem recursos para apoiar 200 mil pessoas, referiu a diretora nacional.
A previsão sobre a população que pode necessitar de ajuda especial é do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (Setsan).
Além das ajudas em períodos específicos, o Programa Alimentar Mundial estima que 80% da população não consiga ter acesso a uma dieta alimentar adequada e 42,3% das crianças com menos de cinco anos sofra de desnutrição.
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