A líder da Intersindical falava aos jornalistas à porta da sede da entidade, após ter cantado a “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso, e o hino nacional, pelas 15:00, na varanda do edifício, na Rua Vítor Cordon.
“O 25 de Abril assume naturalmente um significado ainda maior [em tempo de pandemia]”, referiu a sindicalista, acrescentando que os trabalhadores e os portugueses “precisam de ter a salvaguarda da sua vida e dos seus direitos”.
Para Isabel Camarinha, os valores da liberdade devem continuar a ser cumpridos, porque há quem tente retirá-los.
“Precisamos que os valores de Abril continuem despertos e que continuemos a querer cumpri-los. Há quem queira que não se celebre o 25 de Abril”, disse.
Indicando o facto de as pessoas estarem confinadas em casa, por causa da covid-19, a sindicalista realçou a “manifestação”, que este ano aconteceu nas varandas e nas janelas dos portugueses, devido às medidas de contingência.
“Estou certa de que os portugueses estão em casa defender a sua saúde, a protegerem-se deste vírus”, anotou, referindo que cantar a “Grândola, Vila Morena” e o hino nacional “foi um momento de grande unidade de todos aqueles que defendem a liberdade”.
Sem poder fazer a marcha anual das comemorações do 25 de Abril, Isabel Camarinha perspetivou também as várias concentrações que CGTP vai realizar no Dia do Trabalhador, em 01 de maio, nas cidades do Porto e Lisboa.
“[Na sexta-feira] vamos representar todos os milhões de portugueses que estão neste momento com situações de 'lay-off', com situações de desemprego, com situações de assistência à família”, realçou.
De acordo com a líder da CGTP, foi em Abril que os portugueses conseguiram festejar Maio em liberdade.
“Nós festejamos sempre Abril em Maio. No 1.º de Maio, o 25 de Abril está sempre presente”, sublinhou.
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