De acordo com o Metropolitano de Lisboa, a abertura deste troço foi “um marco particularmente importante” na história deste meio de transporte, pois tratava-se da primeira linha “completamente independente” a ser inaugurada desde a entrada em exploração da rede, em 1959.
O novo troço tinha, então, uma extensão de cinco quilómetros e incluía sete novas estações: Alameda II, Olaias, Bela Vista, Chelas, Olivais, Cabo Ruivo e Oriente.
As obras da linha Vermelha tiveram início em maio de 1995, com a abertura de um poço na Alameda, por onde entrou a tuneladora para fazer as escavações em túnel.
O valor da extensão da rede do Metro entre a Alameda e o Oriente foi de cerca de 332 milhões de euros, de acordo com dados da empresa.
Mais tarde, precisamente em 17 de julho de 2012, foram inauguradas mais três estações: Moscavide, Encarnação e Aeroporto, acrescentando uma extensão de 3,3 quilómetros à rede do Metro.
De forma a disponibilizar uma oferta que assegurasse o transporte de milhares de turistas à Exposição Mundial de 1998, no Parque das Nações, entraram em exploração, pela primeira vez no Metro de Lisboa, composições de seis carruagens.
Atualmente, a estação com maior movimento na linha Vermelha é a do Oriente — que tem interface com comboio e rede de autocarros expressos -, sendo que a média de passageiros diários na linha Vermelha, que liga o Aeroporto a São Sebastião, é de 99.698 utilizadores, de acordo com dados da empresa.
Todas as estações da linha Vermelha do Metro são dotadas de interiores modernos e cheios de design, criados por arquitetos e artistas de renome.
O projeto arquitetónico da estação do Metro do Oriente, que dava acesso à Exposição Mundial, foi da autoria do arquiteto Sanchez Jorge e o seu interior está decorado com obras de arte de artistas do mundo inteiro que perpetuam, até aos nossos dias, a Expo’98 e o seu tema: a preservação dos oceanos.
Foram convidados pelo Metropolitano de Lisboa 11 artistas de renome internacional, representantes dos cinco continentes, dos quais cinco são europeus, três asiáticos, um africano, um norte-americano e um australiano, para criarem obras para aquela estação.
Em Portugal, a responsabilidade recaiu no artista Joaquim Rodrigo, com o painel de azulejos ‘Praia do Vau’. Sendo a sua derradeira obra, Joaquim Rodrigo deixou indicações que fosse o artista plástico Querubim Lapa a transpô-lo para azulejo e a integra-lo na estação.
O painel de azulejo que ocupa as duas paredes do topo sul da estação, de cada lado do cais, é da responsabilidade do argentino António Ségui.
O artista Raza (Índia) salienta em azulejos os elementos essenciais dos Oceanos, enquanto o trabalho de Erro (Islândia) versa a temática dos mitos e lendas ligados ao mar e também grandes episódios marítimos como as expedições portuguesas e a tragédia do Titanic.
O painel de Zao Wou Ki (China) transmite a serenidade dos oceanos, enquanto Yagou-Kussuma (Japão), também com um trabalho em azulejo, ocupa as duas paredes do topo Norte da estação de cada lado da linha férrea.
Arthur Bogd (Austrália), com uma intervenção em azulejo, compôs uma marinha em tons suaves, enquanto Sean Scullg (Irlanda) deixou um painel em azulejo de estética abstrata. Hundertwasser (Áustria), com uma intervenção plástica em azulejo, denominada “Submersão da Atlântida”, representou o mítico continente desaparecido.
Por seu lado, Abdoulage Konaté (Mali) tem igualmente uma intervenção em azulejo e a polaca Magdalena Abakanowicz fez uma escultura de grandes dimensões em bronze denominada “Fish”.
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