Na quarta-feira, o líder da distrital de Lisboa do PSD, Pedro Pinto, tinha afirmado o seu apoio, a título pessoal, à candidatura de Pedro Santana Lopes à liderança do partido. Hoje, em comunicado, a Comissão Política de Lisboa anuncia que, perante as candidaturas já anunciadas, decidiu apoiar Pedro Santana Lopes e pediu a participação dos militantes no Congresso Nacional do PSD, em fevereiro.
A CPD de Lisboa saudou também a “forma digna e responsável” como Pedro Passos Coelho se apresentou aos país e aos militantes na sequência dos resultados do partido nas eleições autárquicas de 01 de outubro.
Nas eleições autárquicas, o PSD perdeu oito presidências de câmaras municipais face a 2013, ano em que tinha registado o seu pior resultado, ficando agora com 98 (79 sozinhos e 19 em coligação).
Dois dias depois de um dos “piores resultados de sempre” do partido em autárquicas, o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou que não se iria recandidatar ao cargo, com o argumento de não querer passar a ideia de estar "agarrado ao poder".
“Face ao atual momento que se vive no PSD pela anunciada não recandidatura do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, a comissão saúda a forma digna e responsável como este se apresentou perante o país e os militantes, registando com orgulho o seu desempenho enquanto líder do partido e primeiro-ministro”.
Na nota, a CPD saudou também os candidatos às eleições autárquicas, principalmente os eleitos nas listas apoiadas pelo PSD.
“Os resultados no distrito registam de forma relevante o crescimento eleitoral significativo nos concelhos onde o PSD detinha anteriormente a maioria, nomeadamente Cascais e Mafra. Nos restantes concelhos, liderados por outros partidos, o PSD assume-se agora como principal força de oposição passando a segundo partido mais votado em todos eles”, é referido.
De acordo com a CPD, no conjunto do distrito, o número de eleitos no PSD aumentou em relação ao mandato anterior, nomeadamente, onde os resultados para os órgãos municipais não refletiram o peso que o partido obteve no conjunto das freguesias.
Sobre a convocação do Congresso Nacional para fevereiro e a realização de eleições diretas para a escolha de um novo presidente da Comissão Política Nacional, a CPD diz estar “ empenhada na participação ativa em todo o processo, quer em termos estratégicos quer estatutários”.
A CPD defendeu também uma “acrescida participação de militantes do partido e uma maior abertura à sociedade e uma definição estratégica que prepare o partido para o desafio populista que o governo socialista, assente numa maioria de esquerda, o pode conduzir”.
O Conselho Nacional do PSD aprovou na segunda-feira a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido em 13 de janeiro e o Congresso em 16, 17 e 18 de fevereiro. Na 'corrida' estão, para já, o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o ex-primeiro-ministro e autarca na capital Pedro Santana Lopes.
Na semana passada, o ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro, o eurodeputado Paulo Rangel e o antigo líder da JSD Pedro Duarte excluíram-se desta disputa interna.
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