O projeto de resolução apresentado pela Jordânia, e copatrocinado por mais de 40 Estados-membros da ONU, obteve 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções dos 193 Estados-membros da ONU.
Votaram contra este texto países como os Estados Unidos, Áustria ou Hungria e entre os países que se abstiveram estão Ucrânia, Canadá, Albânia ou Cabo Verde.
Apesar de não ter caráter vinculativo, esta resolução carrega um peso político e mostra o posicionamento da comunidade internacional em relação à forma como Israel está a conduzir a sua guerra contra o grupo islamita Hamas.
Uma emenda proposta pelo Canadá, e contou com o apoio de dezenas de países, entre eles de Portugal, Estados Unidos ou Reino Unido, que condena inequivocamente os ataques terroristas do Hamas de 7 de outubro e que apela à imediata e incondicional libertação dos reféns, foi também colocada a votação, mas não foi aprovada, uma vez que não recebeu votos favoráveis de dois terços dos Estados-membros (recebeu 88 votos a favor, 55 contra e 23 abstenções).
Esta emenda surgiu na sequência de duras críticas lançadas na quinta-feira pelo embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, que criticou o facto de o texto da Jordânia não ter uma única referência aos ataques do Hamas. Também os Estados Unidos haviam criticado o facto de o projeto da Jordânia não usar a palavra “reféns”.
A votação ocorreu numa sessão especial de emergência da Assembleia-Geral da ONU, convocada após o bloqueio do Conselho de Segurança da ONU, que até ao momento não conseguiu aprovar nenhuma das quatro resoluções que foram a votos sobre o tema.
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