Em causa estão as chamadas "vacas-louras", inseto cujo macho dispõe de mandíbulas de grande tamanho, muito maiores do que as das fêmeas, que lhes servem como meio de luta com machos rivais.
O primeiro impulso de quem se cruzar com uma destas "vacas" é pisá-las mas os especialistas que estudam a área alertam que em causa está uma espécie essencial à saúde das florestas que se alimenta de madeira de árvores de folha caduca já morta e em decomposição.
E no sábado das 15:00 às 16:30 quem quiser construir um abrigo para esta espécie em vias de extinção poderá participar no ‘workshop' promovido pelo Parque Biológico de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.
"O Parque Biológico tem como objetivo principal a conservação da qualidade da natureza. Todas as atividades que se desenvolvem têm um cunho de educação ambiental para todo o público que usufrui de um espaço que é único a nível nacional mas também tem a vertente de potenciar a biodiversidade e criação de ecossistemas adequados", descreveu à agência Lusa a vereadora responsável pelo pelouro do Ambiente na câmara de Gaia, Mercês Ferreira.
A responsável recordou que as vacas-louras estão classificadas como espécie em vias de extinção, sendo "fundamentais", disse, "para a criação de ecossistemas que aumentam e potenciam os bosques e a criação de floresta": "Nós temos essa espécie, portanto temos de a potenciar", resumiu.
A iniciativa, que decorre em colaboração com a Rede Portuguesa de Monitorização da Vaca-Loura, nasce de uma parceria com a iniciativa VACALOURA.pt, um projeto de conservação da natureza e educação ambiental que tem procurado adquirir dados sobre a distribuição e o estado de conservação destas espécies de escaravelhos em Portugal, utilizando dados transmitidos pelos cidadãos.
A vaca-loura é uma espécie que está a desaparecer, sendo, atualmente, protegida por leis comunitárias.
"O ‘workshop' é uma forma de divulgarmos o trabalho e o equipamento [Parque Biológico] que tem muitas potencialidades e ao mesmo tempo fazer um alerta no mundo de hoje que tem estas questões muito emergentes e que são importantes para o futuro", acrescentou Mercês Ferreira.
A vereadora acredita que o trabalho que será desenvolvido venha a ser replicado no país, ainda que, frisou, "já existam felizmente outros casos de estudo sobre a espécie".
Quanto ao Parque Biológico de Gaia este é um equipamento "muito procurado" e que promove oficinas temáticas sobre ambiente, conferências, ‘workshops', entre outras atividades mantendo as escolas como "público-alvo favorito". Somam-se os grupos que procuram o espaço para passar uma noite, por exemplo, e realizar atividades.
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