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Durante muitos anos, os fãs da Marvel acompanhavam os lançamentos ansiosamente e esgotavam cinemas por todas as partes do mundo. Deslocavam-se às salas e transformavam a história da sétima arte. Mas, o que juntou a comunidade antes de “Avengers: Endgame”, separa-a agora nas fases 4 e 5.

O que são fases? Essencialmente, a forma como o estúdio de super-heróis decidiu dividir a sua história desde 2008, quase como uma espécie de capítulos. As primeiras foram super-bem decididas e mudaram Hollywood, a mais recente nem por isso.

Enquanto o resto da indústria cinematográfica demora cada vez mais a produzir filmes e temporadas de séries, a Marvel reduziu significativamente o tempo de produção e aumentou o número de histórias e super heróis que os fãs têm para acompanhar, esgotando o espectador e perdendo a qualidade do conteúdo.

Com cerca de 26 projetos nas últimas duas fases, os fãs têm-se distanciado da MCU e os que continuam a acompanhar ficaram desiludidos várias vezes. No entanto, há algumas exceções, como o “Spider-Man: No Way Home”, “WandaVision” ou “Loki”.

Mas será que é com o mais recente filme da Marvel que regressamos à magia que influenciou milhões de fãs? Apesar de ter apenas estreado no primeiro dia de maio, “Thunderbolts*” já gerou mais de 157 milhões de euros a nível mundial e parece estar a conquistar o fandom de volta.

Tanto que na estreia até mereceu um novo título “The New Avengers”. Veja o trailer final aqui.

Porque é que isto aconteceu? Este novo capítulo da Marvel, junta um conjunto de anti-heróis que são obrigados a formar uma equipa para salvar o mundo. Uma espécie de Suicide Squad da DC, mas em que estas personagens não foram assim tão más.

São eles Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Red Guardian (David Harbour), Ghost (Hannah John-Kamen), Taskmaster (Olga Kurylenko) e John Walker (Wyatt Russell), com a grande adição ao elenco de Julia Louis-Dreyfus de “Seinfeld” como Valentina, a chefe desta superteam.

Neste filme, contamos ainda com uma nova abordagem. Trazendo Jake Schreier para a realização e numa tentativa de ganhar relevância entre os cinéfilos, a Marvel pretende agora aproximar-se da qualidade e estética dos filmes independentes, chegando até a mencionar a produtora A24.

O estúdio parece ter finalmente ouvido os seus fãs e mudado a forma como abordam os projetos para a grande tela. Ou então foram apenas movidos pelo ódio de Martin Scorsese.

Mas a verdade é que o filme conta agora com uma classificação de 88% no Rotten Tomatoes, algo que já não acontecia há algum tempo.

Agora resta-nos aguardar pelo próximo filme dos Avengers, “Avengers: Doomsday”. Será que a Marvel vai continuar com esta fórmula? Ou vão ser só mais umas horas de nostalgia?