A estrutura romana, na baixa pombalina, recebe cerca de 3.000 visitantes e abre duas vezes por ano, sendo que a primeira realiza-se, normalmente, no dia Internacional de Museus e Sítios, em abril, e a segunda vez concretiza-se no último fim de semana de setembro. As galerias só abrem duas vezes por ano por questões de segurança.
No início do séc. XX, estas galerias ficaram conhecidas como as “Conservas de Água da Rua da Prata” por serem utilizadas pela população como cisterna. Os lençóis freáticos existentes no local enchem as Galerias Romanas de água, chegando mesmo a ultrapassar um metro de altura, explicou a diretora do Museu de Lisboa, Joana Sousa Monteiro, durante uma visita ao local.
Sempre que a estrutura romana abre, a eletricidade é reposta e é feita uma “logística completa” com bombas de água que trabalham pelo menos dois dias antes da abertura.
Todas as visitas feitas são guiadas para que seja feita uma explicação completa por especialistas aos visitantes.
A estrutura foi criada para “servir de suporte aos edifícios que se encontram na parte superior” e tem a função de “compactar o terreno”, revelou a diretora.
A dimensão das galerias é maior do que a área que conseguimos observar, disse a responsável, admitindo que “não se conhece a real extensão da estrutura”.
“A planta original do edifício não seria exatamente assim” e “só se sabe que ao longo da história a planta foi alterada e modificada”, reforçou.
A Câmara Municipal de Lisboa fez um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel com cave na Baixa Pombalina para a criação de um novo acesso às Galerias Romanas, que poderá substituir a atual entrada.
Continuam a realizar-se estudos para averiguar se um novo acesso é possível, situado num prédio nos números 86 a 94 da Rua de São Julião e 45 a 51 da Rua da Prata, na freguesia de Santa Maria Maior.
Na segunda metade de 2018 está prevista a abertura de um centro interpretativo das Galerias Romanas, situado no mesmo local da baixa pombalina.
Na sexta-feira, sábado e domingo o trânsito vai estar condicionado na Rua da Prata e apenas transitam os transportes públicos.
Os interessados em visitar estas galerias tiveram de aceder ao ‘Facebook’ ou ao ‘site’ oficial’ do Museu de Lisboa para realizarem uma inscrição.
Naquelas páginas foi disponibilizada uma lista de dados com os dias e as horas das visitas previstas e cada cidadão pode optar por uma das vagas existentes.
Todos os inscritos tiveram de levantar o bilhete com um limite máximo de três dias.
Caso não se verifique o levantamento dos bilhetes - com o custo de dois euros - as inscrições ficam vagas para outras pessoas interessadas.
As visitas às Galerias são organizadas pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC) e pelo Museu de Lisboa.
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