
Nomeados para esta edição do prémio, que distingue uma obra literária traduzida para inglês, publicada no Reino Unido ou na Irlanda, estão a palestiniana Ibtisam Azem, com “The Book of Disappearance”, a dinamarquesa Solvej Bale, com “On the Calculation of Volume I”, a francesa Gaëlle Bélem, com “There’s a Monster Behind the Door”, o romeno Mircea Cărtărescu, com “Solenoid”, a mexicana Dahlia de la Cerda, com “Reservoir Bitches”, e o francês Vincent Delecroix, com “Small Boat”.
A estes juntam-se as japonesas Saou Ichikawa e Hiromi Kawakami, com, respetivamente, “Hunchback” e “Under the Eye of the Big Bird”, o suíço Christian Kracht, com “Eurotrash”, o italiano Vincenzo Latronico, por “Perfection”, a indiana Banu Mushtaq, com “Heart Lamp”, a surinamesa-holandesa Astrid Roemer, com “On a Woman’s Madness”, e a francesa Anne Serre, com “A Leopard-Skin Hat”.
Os 13 livros - 11 romances e duas coletâneas de contos - incluem 13 autores que fazem a sua estreia no Prémio Booker Internacional, muitos dos quais são sucessos literárias e vencedores de prémios nos seus países de origem.
Entre os tradutores destas obras, contam-se três que já foram anteriormente incluídos na chamada ‘longlist’, do prémio.
Do desejo sexual e da deficiência ao desaparecimento noturno do povo palestiniano; de uma tragédia no Canal da Mancha a um clássico ‘queer’ do século XX; de histórias que se estendem por milhares de anos a um único dia que se repete constantemente, a lista de nomeados é composta por livros que são, nas palavras de Max Porter, presidente do júri de 2025, “de todo o lado, para todos”.
“Nestes livros, as pessoas partilham estratégias de sobrevivência, fazem batota, mentem, brincam e inovam. Algumas pessoas já não pertencem a esta terra, ou enviam visões a partir do futuro ou de universos paralelos. Estes livros transportam-nos até à agonia da família, do local de trabalho ou das políticas do Estado-nação, ao segredo quase espiritual da amizade, à arquitetura interior do sentimento erótico, à banalidade do capitalismo e às agitações da fé”, afirmou o presidente do júri.
Max Porter referiu ainda que todos os membros do júri – composto também pelo autor Caleb Femi, a editora Sana Goyal, o escritor Anton Hur e a cantora-compositora Beth Orton - ficaram “espantados com as diferenças de leitura”.
A organização do prémio destaca que esta é a edição com o maior número de editoras independentes (11) e com o maior número de livros apresentados por editoras (154), desde que o prémio foi lançado no seu formato atual, em 2016.
A lista de finalistas do Prémio Booker Internacional vai ser revelada no dia 08 de abril, e o vencedor será anunciado numa cerimónia na Tate Modern, em Londres, no dia 20 de maio.
As seis obras que chegarem à fase final vão receber um prémio de cinco mil libras, a repartir entre autor e tradutor. O livro vencedor terá um prémio de 50 mil libras, igualmente dividido entre autor e tradutor.
O vencedor da edição de 2024 do Prémio Booker Internacional foi “Kairos”, de Jenny Erpenbeck, traduzido por Michael Hofmann.
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