“200 mil visitantes é a previsão para este ano, mas começamos a acreditar que vamos ultrapassar esse número dado o entusiasmo que este projeto tem levantado”, afirmou à agência Lusa o diretor-geral Luís Rocha, nos dias de intenso trabalho que antecedem a abertura.
“Apesar de ainda não termos aberto, já temos cerca de 12 mil seguidores no Facebook, após lançarmos um filme da chegada dos dinossauros alcançámos meio milhão de visualizações e, desde que anunciámos [a 10 de janeiro] a data da abertura, já temos cerca de 15 mil reservas de escolas”, justificou.
A uma hora de Lisboa, o Dino Parque da Lourinhã deverá ter no Verão entre três a quatro mil visitantes por dia, número que deverá decrescer nos restantes períodos do ano.
Ainda assim, as reservas já efetuadas garantem “duas mil pessoas” mesmo em dias de primavera e outono.
Oitenta por cento dos visitantes deverão ser portugueses e 20% estrangeiros. “Começamos a ser procurados por espanhóis e franceses para a Páscoa”, adiantou.
O parque está já a dinamizar o concelho, ao recorrer a serviços de empresas locais e ao criar 30 postos de trabalho, mas o principal impacto económico está para vir com a chegada de visitantes.
“Há 20 anos que as pessoas esperavam por este projeto e acredito que haverá um antes do parque e um depois do parque e que o parque vai atrair ao concelho novos investimentos, que criarão mais postos de trabalho”, sublinhou.
Nas últimas décadas, os paleontólogos descobriram no concelho fósseis de dinossauros, pertencentes a várias espécies, o maior ninho dos dinossauros com os mais antigos embriões até então encontrados, que colocam a Lourinhã na rota mundial da paleontologia.
Enquanto se conclui a montagem da exposição permanente de fósseis, já se pode observar uma réplica do herbívoro ‘Miragaia Longicolum’, o crânio, pegadas e um ninho do carnívoro “Torvossaurus Tanneri”, a réplica e um ninho de ovos e embriões do carnívoro ‘Lourinhanosaurus Antunesi’ ou o braço e a coluna vertebral do herbívoro saurópode ‘Lourinhasaurus’, achados que deram todos eles origem a novas espécies.
Para perceber na realidade como seriam estes animais, os visitantes são daí levados ao jardim, considerado o maior museu ao ar livre em Portugal, onde 120 modelos de dinossauros em tamanho real estão espalhados por diversos períodos.
Os maiores são o ‘Lourinhasaurus’, um dinossauro de pescoço e cauda compridos, 23 metros de altura e cinco toneladas de peso, e o herbívoro ‘diplodocus’, com mais de 20 metros, que viveram durante o Jurássico Superior, há 150 milhões de anos.
O bilhete para adultos vai custar 12,5 euros, para crianças 9,5 euros e cinco euros para as escolas, mas há ainda descontos para grupos e famílias.
O atual museu do Grupo de Etnografia e Arqueologia da Lourinhã era exíguo para expor todos os achados.
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