
Mia Couto, “um dos nomes maiores da literatura lusófona contemporânea”, que receberá o Prémio Bibliotecando 2025, será um dos oradores convidados do evento deste ano, subordinado ao tema “Centros e Periferias: Um diálogo necessário”.
Em comunicado, o município de Tomar indica que Mia Couto vai ser a “figura de destaque” da 15.ª edição do Bibliotecando, agendada para 16 e 17 de maio, “onde será homenageado, e a sua obra analisada e interpretada por especialistas e leitores”.
Na véspera do evento, a 15 de maio, o autor vai ter dois encontros com os seus leitores na Biblioteca Municipal, o primeiro das quais, à tarde, com os alunos das escolas do concelho, e, à noite, em sessão aberta ao público em geral.
Estas sessões têm entrada livre, sendo as do Bibliotecando sujeitas a inscrição prévia em www.bibliotecandoemtomar.ipt.pt , onde pode ser consultado todo o programa.
Luís Ricardo Duarte, Pedro Freitas, Zeferino Coelho, Guilherme d’Oliveira Martins, José Luís Laranjeira, Maria Isaac e Possidónio Cachapa são alguns dos oradores convidados, com o Bibliotecando a ter como mote “Centros e Periferias: Um diálogo necessário”.
Durante dois dias, os participantes “partirão da premissa do tema” proposto para, nos vários debates, refletir sobre o “binómio centro-periferia” e “abrir espaços de discussão” em torno de questões sociais, políticas, económicas, culturais e urbanísticas.
“De que falamos quando utilizamos os termos centro e periferia, que conotações estão agregadas ao binómio, quais as traduções destes conceitos nos vários domínios do saber", e "qual o lugar da memória coletiva na tradução de centro e periferia ao longo dos tempos” são algumas das questões que vão ser mediadas pelos oradores e que “ajudarão a pensar os conceitos de centro e periferia em diferentes áreas de saber”, guiados por uma reflexão do próprio Mia Couto.
“Não existe alternativa: a globalização começou com o primeiro homem. (…) O que podemos fazer, nos dias de hoje, é responder à globalização desumanizante com uma outra globalização, feita à nossa maneira e com os nossos propósitos. Não tanto para contrapor mas para criar um mundo plural em que todos possam mundializar e ser mundializados. Sem hegemonia, sem dominação. Um mundo que escuta as vozes diversas, em que todos são, em simultâneo, centro e periferia. Só há um caminho. Que não é o da imposição. Mas o da sedução”, refere o escritor, citado na nota informativa.
O Bibliotecando em Tomar, que tem como presidente da Comissão de Honra Guilherme d’Oliveira Martins, resulta de uma parceria entre os Agrupamentos de Escolas Templários e Nuno de Santa Maria, o município, o Centro de Formação “Os Templários”, a Rede de Bibliotecas Escolares, o Instituto Politécnico de Tomar e o Centro Nacional de Cultura.
Programa completo e mais informações em http://www.bibliotecandoemtomar.ipt.pt/
Comentários