Os investigadores usaram células estaminais tiradas de tecidos não musculares de adultos, como da pele e do sangue, e reprogramaram-nas para voltarem ao seu estado primordial.
Estas células são depois bombardeadas com uma molécula chamada Pax7, que lhes dá instruções para começarem a transformar-se em tecido muscular, segundo o estudo divulgado hoje na revista especializada Nature Communications.
Após duas a três semanas de cultura, as células tornadas musculares contraem-se e reagem a estímulos externos, como impulsos elétricos e sinais bioquímicos que simulam os estímulos enviados do cérebro aos músculos.
O músculo criado é mais fraco que o tecido muscular original, mas os cientistas acreditam que tem potencial.
Implantaram as novas células em ratos adultos e estas sobreviveram e integraram-se no tecido muscular dos animais.
Em 2015, a equipa da universidade do estado da Carolina do Norte tinha conseguido cultivar tecido muscular a partir de amostras recolhidas em biopsias musculares.
"A hipótese de estudar doenças raras é especialmente entusiasmante para nós", afirmou Nenad Bursac, professor de engenharia biomédica.
Bursac salientou que não seria ético, por exemplo, retirar amostras musculares de pessoas com doenças raras, danificando ainda mais os seus sistemas musculares.
A técnica tem também potencial para ser combinada com terapia genética, cultivando tecido muscular saudável para substituir algum que esteja afetado por doenças.
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