Perante tudo o que por lá está a acontecer, talvez pareça inútil falar das línguas do país. E, no entanto, serve para conhecermos um pouco mais do Afeganistão, para lá da imagem difusa das notícias. No fim, ainda encontramos a origem de algumas palavras muito nossas…
Esta é uma pergunta muito curiosa, porque raramente se faz em Portugal. Podemos viver, neste país, uma vida inteira descansados e felizes (tanto quanto o pequeno rectângulo nos permite) sem que nos entre pelos ouvidos um eco que seja desta batalha linguística. E, no entanto, ali acima do Minho, há u
Quem tenta contar as línguas de cada país nem sempre encontra o número de que estávamos à espera. Já houve quem encontrasse dez (!) línguas no nosso país...
Que os sons da língua mudam, todos sabemos. Também sabemos que as regras gramaticais não são exactamente as mesmas ao longo da História. O próprio significado das palavras muda... Mas porquê?
Fechado em casa, apetece-me fazer uma viagem pelo mundo das línguas. Vou escrever um facto sobre uma língua de cada vez. A língua seguinte terá de estar ligada à anterior pela geografia ou de outra maneira. No fim, regresso ao nosso país.
A poucos dias do Natal, pus-me a coleccionar palavras como se fossem presentes. Aqui ficam doze palavras para o Natal — por poucas que sejam, já me sabem muito bem.
Não sei se já ouviram falar duma pequena vila chamada Atouguia da Baleia. Uma pequena jóia de terra que, se não conhecem, deviam conhecer, nem que seja pelo osso de baleia gigante que se esconde dentro da Igreja Matriz.
A direita tem uma origem latina muito directa. Já a esquerda esconde algumas surpresas. Nesta viagem pelas palavras, vamos da nossa língua ao Velho Oeste, passando pelos Pirenéus.
Peço ao leitor que imagine uma verdadeira catástrofe linguística em Portugal: o português é ainda a língua mais falada no país, mas há outro idioma a invadir as conversas.
Já que têm ocupado parte da nossa atenção por estes dias e agora não podemos viajar mesmo a sério, lembrei-me de olhar para as palavras «luva» e «máscara» e partir de viagem ao passado.
Na semana passada, comecei a volta a casa pelas letras do alfabeto. Esta semana começamos no F e terminamos no J — e saímos de casa durante uns minutos.
A palavra «vírus», que infectou as nossas notícias e as nossas preocupações de há umas semanas para cá, tem uma história curiosa: vem do velhinho latim, mas, para chegar à língua portuguesa, passou pela cabeça dum holandês.
Hoje apetece-me brincar um pouco com a língua (salvo seja). Penso nas palavras pequenas, daquelas simples, com duas letras, mas não todas: apenas as que terminam com a letra «a»… Vamos lá então viajar pela ordem alfabética.
O Natal é a época da família e da concórdia, mas também das grandes discussões à volta da mesa, quando as famílias têm a oportunidade de debater as grandes questões da Humanidade: o Brexit, a Impugnação de Trump — e se devemos dizer «vermelho» ou «encarnado»...
Uma língua é feita de palavras bonitas, palavras úteis, palavras irritantes, palavras que deliciam, palavras que não servem para nada, palavras feias como tudo. Pois, hoje, apetece-me falar destas últimas.
Aposto que haverá um tema dominante das festas de fim de ano daqui a umas semanas: os Anos 20 (do século passado)! Mas será que os Anos 20 (deste século) começam já?