Depois da China, México e Canadá, Trump promete guerra comercial à Europa

Ana Maria Pimentel
Ana Maria Pimentel

Depois de impor tarifas à importação de produtos do México - entretanto suspensas por um mês com o vizinho sul americano - Canadá - *adiada a sua implementação por 30 dias -  e China, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os produtos europeus vão ser sujeitos a taxas aduaneiras "muito em breve".

“Estão realmente a aproveitar-se de nós, temos um défice de 300 mil milhões de dólares [293 mil milhões de euros]. Não levam os nossos automóveis nem os nossos produtos agrícolas, praticamente nada, e todos nós compramos, milhões de automóveis, níveis enormes de produtos agrícolas”, disse no domingo à imprensa.

A União Europeia lamentou no mesmo dia o aumento das taxas aduaneiras pelos Estados Unidos da América sobre produtos do Canadá, do México e da China, e disse que vai retaliar fortemente se for alvo de tarifas injustas.

“A UE acredita firmemente que direitos aduaneiros baixos promovem o crescimento e a estabilidade económica”, disse a Comissão Europeia em comunicado, através do qual considerou a imposição de mais tarifas pelos EUA como “nocivas para todas as partes”.

Já, se o bloco europeu for também alvo dessas medidas, o executivo comunitário promete “retaliar fortemente”.

A esta voz juntaram-se os líderes da Alemanha e de França que garantiram hoje que se Washington aumentar as tarifas alfandegárias aos produtos importados da União Europeia (UE), sofrerá retaliações económicas.

“Se for atacada por questões comerciais, a Europa, enquanto potência que mantém a sua posição, teria de ganhar respeito e, por conseguinte, reagir”, referiu o Presidente francês, Emanuel Macron, em declarações à entrada do retiro de líderes europeus em Bruxelas.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, também adiantou que o bloco europeu, “como o espaço económico mais forte (do mundo)” deve poder reagir também aumentando as suas medidas pautais.

“Devemos fazê-lo e fá-lo-emos, mas o objetivo deve ser a cooperação”, afirmou Scholz à chegada à cimeira informal dos líderes europeus, hoje, em Bruxelas.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os produtos europeus vão ser sujeitos a taxas aduaneiras “muito em breve”, na sequência da imposição de tarifas à importação de produtos do Canadá, México e China.

O primeiro retiro de líderes da UE, organizado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, decorre hoje em Bruxelas e é dedicado à segurança e defesa, quando existe um “sentido de urgência” para investir mais.

Mas há quem, fora da Europa, comece a tomar medidas preventivas. O ministro dos Recursos Minerais sul-africano, Gwede Mantashe, declarou hoje que não serão enviados mais recursos naturais para os Estados Unidos se cessar o financiamento à nação africana, numa resposta ao Presidente norte-americano.

*Com Lusa

*Artigo atualizado com o adiamento da implementação das tarifas ao Canadá (22h10)

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