Vai pela ordem da pergunta. As boas notícias são que o Eurogrupo chegou a um acordo que permite reforçar o apoio aos Estados, nomeadamente aos sistemas de saúde, às empresas e ao emprego.
As más notícias é que não chega e que do acordo político até ao dinheiro chegar aos países, às empresas e às pessoas há ainda um caminho demasiado longo, sobretudo quando tantas situações já são de crise efetiva.
É isso que mostra este estudo da responsabilidade de quatro investigadores do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Um quarto dos 11.500 inquiridos, no final de março, já revelava ter sofrido impactos financeiros, sentidos com mais intensidade por quem já tinha dificuldades antes desta crise.
António Costa também sabe que é preciso mais Europa que nunca e não deixa de o dizer sempre que pode. Foi o que fez numa entrevista à Agência Lusa que será publicada amanhã em que disse que “este é o momento de clarificação política da Europa”. “Pessoalmente, talvez por ser irritante otimista, gostaria de acreditar que a Europa é mesmo possível de fazer a 27 e que a zona euro é mesmo possível de fazer a 19, mas, para isso, é preciso que todos tenham a capacidade política de que não podemos estar todos reféns de populismos eleitorais”.
De Espanha, chegam os mesmos apelos. A vice-presidente do executivo espanhol Nadia Calviño, responsável pelos Assuntos Económicos, assegurou que Madrid vai insistir para que, "a médio prazo", haja um mecanismo de mutualização da dívida europeia, após o Eurogrupo não ter chegado a acordo.
Well done, Centeno, disse a presidente da Comissão Europeia que garantiu que o executivo comunitário “vai responder” para a criação do fundo de recuperação face à covid-19. A reunião decisiva, em que se voltarão a afiar facas sobre a forma de financiamento, é que só acontecerá a 23 de abril, daqui a quase duas semanas. O tempo é da política e é lento.
Olhemos para as notícias de hoje sobre empresas, empregos e apoios em curso.
- Vista Alegre adere a 'lay-off'
Algumas subsidiárias da Vista Alegre Atlantis (VAA) vão recorrer ao 'lay-off' simplificado, na sequência da pandemia de covid-19, anunciou na quinta-feira o grupo empresarial de porcelana e utensílios de mesa.
- Indústria automóvel parou e isso já se faz sentir nas empresas nacionais de moldes
A pandemia da covid-19 obrigou a mudanças na organização das empresas de moldes nacionais, que já sentem a paragem da indústria automóvel, afirma o secretário-geral da Cefamol - Associação Nacional da Indústria dos Moldes.
- CGTP propõe medidas urgentes para salvaguardar emprego, rendimentos e pequenas empresas
A CGTP vai apresentar ao Governo um conjunto de propostas urgentes para garantir o emprego e as remunerações, reforçar o setor público e a produção nacional e redirecionar os apoios às empresas, o que exige uma reafetação de recursos imprevisível.
- António Costa pediu a Banco de Portugal para estar atento a créditos
O primeiro-ministro adiantou hoje ter pedido ao Banco de Portugal que "esteja atento" à utilização dos créditos com garantias de Estado, salientando que é o momento de a "banca retribuir" o "enorme esforço" dos portugueses.
- Uma feira de queijo online? Sim, e 'abre' este sábado
Os pequenos produtores de queijo com Denominação de Origem Protegida (DOP) Serra da Estrela e Rabaçal vão ter à disposição uma feira na Internet para os ajudar a escoar a produção, na sequência das quebras registadas devido à covid-19.
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