Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones terminou em alta de 0,98%, no que foi acompanhado pelo alargado S&P500 (uma subida de 0,37%9, ao passo que o tecnológico Nasdaq recuou 0,27%.

Os preços do barril de petróleo subiram mais de seis por cento, nos casos do europeu Brent e do norte-americano WTI, depois do anúncio surpresa, feito no domingo por oito dos 23 membros do grupo designado OPEP+, de uma redução da sua produção.

A descida acordada supera o milhão de barris por dia, sendo mesmo a mais importante desde outubro.

"Tivemos um acontecimento de risco este fim de semana e não teve a ver com os bancos, desta vez, mas com a OPEP", resumiu Karl Haeling, de LBBW.

Um petróleo mais caro pode complicar a tarefa da Reserva Federal, que elevou de forma drástica a taxa de juro de referência para procurar jugular o crescimento de preços

A Casa Branca não apreciou o anúncio feito por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Koweit, Argélia e Iraque.

"Não é oportuno reduzir agora a produção, dadas as incertezas no mercado", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Mas, em termos globais, os mercados reagiam "com muita calma", considerou Karl Healing. "Já existia o entendimento de que a OPEP não teria reduzido a sua produção se não estivesse inquieta com uma diminuição da procura e um recuo das cotações do crude", detalhou.

Durante a manhã, o índice ISM sobre a indústria nos EUA confirmou as presunções de arrefecimento económico. Com 46,3%, caiu para o nível mais baixo desde maio de 2020.

"Desde que o ISM foi divulgado, houve a perceção que a menor produção da OPEP a ser compensada largamente por uma descida da procura e um enfraquecimento da economia mundial", comentou.

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Lusa/fim