
A ação decorre em torno de Itaituba, estado do Pará, uma das áreas da selva mais afetadas pelo desmatamento.
Esta ação é lançada em paralelo e independente da operação que tem sido levada a cabo para expulsar os mineiros ilegais das terras indígenas Yanomami.
Na nova operação, há pelo menos trinta alvos, que foram monitorizados durante meses através de imagens de satélite, que está a ser levada a cabo simultaneamente por terra, rio e ar, disseram à agência espanhola Efe fontes oficiais.
A operação está a ser conduzida por inspetores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), um organismo ligado ao Governo, com o apoio da Força Nacional, uma força policial de elite.
A maioria dos alvos são depósitos ilegais de ouro, mas também de cassiterita, um mineral utilizado para o fabrico de chips e placas eletrónicas, localizados dentro de unidades federais de conservação.
A operação foi apelidada de "Pariwat", um termo utilizado pelo grupo étnico Munduruku para se referir aos povos não indígenas.
As minas ilegais, chamadas "garimpos" no Brasil, têm enormes impactos na saúde do ecossistema e da população, uma vez que a sua exploração requer o uso de mercúrio e outros insumos altamente tóxicos.
Estas explorações ilegais aumentaram nos últimos anos, especialmente sob a administração de Jair Bolsonaro (2019-2022), de acordo com organizações ambientais.
Paralelamente, a Polícia Federal Brasileira também lançou hoje uma operação de desmantelamento de uma "grande organização criminosa" dedicada ao "contrabando de ouro extraído de minas ilegais" no estado do Pará, incluindo a região de Itaituba.
Mais de uma centena de agentes federais estão à procura de três suspeitos e realizaram cerca de trinta rusgas em busca de provas.
Um dos alvos é uma empresa com sede nos EUA que exportou ilegalmente ouro da Amazónia brasileira para Itália, Suíça, Emiratos Árabes Unidos e EUA, bem como Hong Kong.
MIM // RBF
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