A mensagem será publicada na rede social Facebook, enviada por e-mail para 100 mil pessoas e transmitida às embaixadas dos 27 restantes Estados-membros da UE no mesmo dia em que a chefe do Governo viaja para participar no Conselho Europeu.
“Eu sei que ambos os lados vão considerar as propostas do outro para finalizar o acordo com uma mente aberta. E com flexibilidade e criatividade de ambos os lados, estou confiante de que podemos concluir as discussões sobre os direitos dos cidadãos nas próximas semanas”, escreve.
Apesar de existirem outros temas na agenda, o ‘Brexit’ será uma questão que vai ser discutida nos dois dias, pois na quinta-feira à noite, a primeira-ministra britânica, Theresa May, faz questão de partilhar com os parceiros europeus as suas “reflexões sobre o ponto da situação das negociações”.
Na sexta de manhã, os líderes da UE a 27, já sem May na sala, discutirão entre si como prosseguir essas negociações, além de um debate sobre o caminho a seguir sem o Reino Unido.
“Fui clara ao longo deste processo, de que os direitos dos cidadãos são minha primeira prioridade. E eu sei que os meus colegas líderes têm o mesmo objetivo: salvaguardar os direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e cidadãos do Reino Unido que vivem na UE”, refere May.
A primeira-ministra considera que “nada poderia estar mais longe da verdade” a acusação de que está a usar os cidadãos europeus como moeda de troca nas negociações.
“Os cidadãos da UE que construíram a sua vida no Reino Unido fizeram uma enorme contribuição para o nosso país. E queremos que eles e as suas famílias permaneçam. Eu não poderia ser mais clara: os cidadãos da UE que vivem legalmente no Reino Unido hoje poderão ficar”, garante.
Theresa May revela que o processo de candidatura à autorização de residência vai ser mais simples, se exigir seguro de saúde a quem não trabalhou, que vai ter um custo baixo e que será automático para quem já tem o certificado de residência. A governante propõe ainda criar um grupo de utilizadores para acompanhar a criança e implementação do processo, que deverá ser feito pela Internet.
“Espero que estas garantias, juntamente com as feitas pelo Reino Unido e pela Comissão Europeia na semana passada, proporcionem mais segurança aos quatro milhões de pessoas que estão compreensivelmente preocupados com o que ‘Brexit’ significaria para seu futuro”, conclui.
Estima-se que residam no Reino Unido cerca de três milhões de europeus e no espaço europeu cerca de um milhão de britânicos.
O negociador-chefe da União Europeia (UE) para o ‘Brexit’, Michel Barnier, afirmou na semana passada que “não houve progressos suficientes” nas negociações do ‘divórcio’, recomendando que não se avance para a segunda fase negocial.
“Ainda não chegámos lá”, disse Barnier, constatando progressos insuficientes no tópico dos direitos dos cidadãos da UE que vivem no Reino Unido e um “impasse extremamente preocupante” no debate sobre a “fatura de saída” que Londres terá que pagar.
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