Num encontro com os trabalhadores, na sede da TAP, em Lisboa, com o objetivo de dar a conhecer os planos para o futuro da transportadora, Fernando Pinto explicou que o lançamento das novas rotas, que deverá acontecer "em princípio no verão", faz parte da estratégia de crescimento da transportadora privatizada.
O presidente da TAP admitiu que entre os novos destinos na Europa estão cidades para onde a companhia já voou no passado, escusando revelar quais as rotas por razões de "concorrência".
No próximo ano, a TAP pretende ainda reforçar a operação nas regiões autónomas, no Porto, em Lisboa e em Faro, "devido ao crescimento do turismo em Portugal", anunciou Fernando Pinto.
Na apresentação aos trabalhadores, o gestor referiu ainda a intenção de relançar rotas no Brasil, que tiveram uma redução das frequências motivada pela instabilidade política e económica daquele que é o principal mercado da TAP, que foi também muito impactado pela desvalorização do real.
Segundo Fernando Pinto, este reforço da TAP só é possível graças ao investimento na frota, através da renovação de interiores de 48 aviões, orçamentada em 70 milhões de euros, e na aquisição de aviões.
O terceiro pilar para o crescimento da TAP assenta na maior segmentação das tarifas, o que já tinha sido anunciado pela companhia, oferecendo "produtos para todos os que queiram viajar com a TAP", no sentido de competir com as companhias de baixo custo ('low cost').
Fernando Pinto considerou hoje que é inevitável comparar os custos da TAP com as companhias 'low cost': "Temos que nos comparar com as 'low cost'. Temos que nos aproximar, mas não queremos ser uma empresa 'low cost'".
"O nosso nicho é diferente, mas temos que ter condições de competir", acrescentou.
O processo de privatização da TAP está em curso, com o acordo de compra e venda de ações da TAP, assinado pelo Governo de António Costa e que permite ao Estado ficar com 50% de ações da transportadora aérea, depois de já ter recebido luz verde da Autoridade da Concorrência, faltando ainda a reestruturação da dívida com a banca e a aprovação pelo supervisor da aviação (ANAC).
Neste modelo, o consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman, fica com 45%, podendo chegar aos 50% com a aquisição de 5% do capital que será entretanto colocado à disposição dos trabalhadores.
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