“Até ao final de julho não vai haver mudanças” no modelo atual, através do qual o Estado paga 80% dos salários até 2.500 libras por mês (2.850 euros), disse o Ministro das Finanças.
A partir de agosto, será introduzida “mais flexibilidade” ao sistema, com a possibilidade de fazer regressar ao trabalho funcionários a tempo parcial, mas os empregadores terão de “partilhar o custo”, avisou.
Sunak tinha sugerido anteriormente que o apoio seria gradualmente reduzido, mas o patronato e economistas como o antigo governador do Banco de Inglaterra Mervyn King defenderam que o sistema deveria continuar nos mesmos termos.
De acordo com o Governo britânico, cerca de 7,5 milhões estão em regime de ‘lay-off’, abrangendo quase um milhão de empresas.
O sistema foi uma das medidas introduzidas pelo Governo que também inclui empréstimos às empresas e isenção de impostos para apoiar a economia durante a suspensão de atividades devido ao confinamento decretado a 23 de março.
O Governo britânico publicou na segunda-feira um plano detalhado para o levantamento de algumas restrições, encorajando o regresso ao trabalho daqueles que não o possam fazer de casa, nomeadamente de setores como a construção.
Uma segunda fase a partir de junho prevê a reabertura parcial de escolas primárias e algumas lojas de bens não essenciais e em julho poderá alargar-se a atividades como a restauração, cafés e cinemas.
Porém, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, avisou que não hesitará em impor novamente restrições no caso de um aumento significativo de casos de contágio.
Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
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