"A implementação do fundo Next Generation EU [fundo de recuperação europeu] vai ser crucial para aumentar o crescimento e dar um forte ímpeto, no médio prazo, em termos de melhorias de produtividade", disse o responsável em conferência de imprensa.
O economista respondia a uma questão da Lusa numa conferência de imprensa realizada a partir de Washington, a propósito das perspetivas para a economia europeia.
Assim, no médio prazo, "Portugal é imensamente ajudado pelo NextGen EU", já que além de fomentar o crescimento e produtividade, o fará também com "investimentos na transição 'verde' e digitalização da economia", bem como "através das reformas estruturais que o Governo implementou".
"Vai ser uma parte importante para a resposta à crise no próximo ano, mas também muito importante no médio prazo", reiterou.
Questionado também acerca das diferentes previsões do FMI e do Governo relativamente à economia portuguesa - o FMI prevê crescimento de 4,4% este ano e 5,1% no próximo, o Governo 4,8% e 5,5%, respetivamente - o responsável desvalorizou.
"O que vemos por toda a Europa é muita incerteza quanto a projeções e previsões. Portanto, não estou surpreendido que Portugal seja um de muitos países onde temos previsões ligeiramente diferentes", lembrando também Alfred Kammer os "diferentes tipos de dados" tidos em conta para as avaliações.
O diretor do FMI considera que a economia portuguesa "respondeu às medidas em curso e está a ir de uma resposta para uma forte recuperação a partir da segunda metade deste ano, continuando em 2022".
Quanto ao mercado de trabalho, o diretor referiu que os estudos do FMI apontam para uma libertação de mão de obra nos setores de baixas qualificações como o turismo, setor em que "Portugal tem muita da sua economia investida" e que foi "atingido de forma particularmente forte".
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