Correia de Campos falava aos jornalistas após ter sido recebido pelo líder parlamentar do PS, Carlos César, depois de questionado sobre as suas prioridades no exercício do cargo de presidente do CES, para o qual foi eleito em outubro passado, em plenário da Assembleia, por dois terços dos deputados, após duas tentativas.
O antigo ministro socialista disse que a sua prioridade imediata é a reunião plenária do CES no próximo dia 14, que decorrerá na Sala do Senado da Assembleia da República, durante a qual será votado o parecer sobre a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2017.
Esse parecer do plenário do CES, de acordo com o antigo ministro dos executivos liderados por António Guterres e José Sócrates, será apresentado publicamente três dias depois, a 17.
Em matéria de diálogo social, Correia de Campos começou por frisar que a existência ou não se consensos não depende do presidente do CES, já que este conselho é tripartido (representantes dos trabalhadores, entidades patronais e Governo).
No entanto, de acordo com o presidente do CES, o país “está mais descomprimido, após quatro anos de grande dificuldade”.
“Temos agora um Governo que descomprimiu e trouxe algumas alternativas de governação e, sobretudo, temos um Presidente da República que trouxe uma descompressão grande no panorama político e que é ele próprio um grande promotor na concertação”, defendeu.
Questionado sobre as consequências de ter sido eleito presidente do CES apenas à segunda tentativa, após uma primeira votação em que falhou a obtenção de dois terços dos votos entre os 230 deputados, Correia de Campos considerou que esse processo para a sua designação “foi absolutamente normal e decorreu totalmente na Assembleia da República”.
“Sou um crente na democracia. Sou o presidente do CES eleito pela Assembleia da República por votação maioritária”, acrescentou, já depois de ter dito que solicitou ao PS o abandono do seu lugar na Comissão Nacional desse partido.
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