“Portugal construiu um caso altamente competitivo como um país bom para ter segunda residência ou para viver uma parte da vida, tanto para não europeus, com vistos para investimento, como para europeus”, afirmou hoje Paulo Portas na Cimeira do Turismo Português, que decorre em Lisboa, considerando que se ainda fosse governante “manteria absolutamente esse tesouro”, uma vez que esse posicionamento do país consegue “captar investimento, renovar a cidade, ter gente com dinheiro a viver e a gastar dinheiro em Portugal”.
“Eu não ameaçaria isso com nenhum imposto, nem impostos de património nem impostos de sucessão”, afirmou o vice-primeiro-ministro do governo de coligação PSD/CDS-PP, liderado por Passos Coelho.
Para Paulo Portas, num mundo tão globalizado, Portugal não pode arriscar perder o estatuto de competitividade que ganhou nos últimos anos, uma vez que facilmente “as pessoas hoje carregam numa tecla e vão para outro lugar”.
A criação de um novo imposto sobre a propriedade imobiliária de elevado valor, que pode constar no Orçamento do Estado para 2017, tem provocado muito debate nas últimas semanas, nomeadamente quanto aos efeitos macroeconómicos.
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