O presidente da Destatis, Georg Thiel, admitiu que a economia alemã foi “gravemente afetada” pelas consequências da pandemia.
A queda do PIB no ano passado é ligeiramente inferior à estimada pelo Bundesbank, banco central alemão, que tinha previsto que a economia iria contrair-se 5,5% em 2020, quando emitiu as suas previsões em dezembro passado.
O Bundesbank previu que a economia alemã cresceria 3% em 2021 e 4,5% em 2022.
No ano passado, a economia alemã sofreu as consequências da pandemia “em praticamente todos os setores”, tanto no dos serviços como na produção de bens, afirmou a Destatis.
O declínio do PIB em 2020 segue-se ao aumento de 0,6% em 2019 e a maior queda até agora ocorreu em 2009, quando a economia alemã se contraiu 5,7% devido à crise financeira.
Os dados oficiais indicam que a situação económica foi particularmente negativa em 2020 na área dos serviços, que registou “quedas sem precedentes”, e a Destatis indicou que a pandemia também tinha atingido o comércio, os transportes e a indústria hoteleira de forma particularmente dura.
Globalmente, estes setores registaram um declínio de 6,3% em 2020 e os dados oficiais indicam que, em contraste, o comércio via Internet registou um aumento. A Destatis confirma que o setor do turismo registou uma queda “histórica” no ano passado.
A contração em 2020 também teve as suas consequências negativas na área do emprego, tendo terminado 14 anos consecutivos de crescimento do emprego no país: em 2020 havia menos 1,1% de pessoas a trabalhar (477.000 menos do que em 2019).
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