"Temos a carga fiscal mais elevada de sempre em Portugal e era tempo de reduzir, efetivamente, os impostos em Portugal. E é isso que estamos à espera (...) sabendo que não pode ser uma redução muito grande, isso é lógico, e mesmo que tivéssemos ganho as eleições não teríamos condições para fazer uma redução muito grande, mas sim uma redução efetiva", disse o líder social-democrata.
Em declarações à margem de uma reunião com militantes do partido na Maia, Rui Rio minimizou o que foi conhecido ao longo do dia sobre o OE2020, argumentando que o que "interessa é a lógica global do orçamento", facto que sustentou não ser possível constatar "com umas medidas desgarradas que o Governo vai soltando e que são, naturalmente, soltas de forma positiva, para parecer que tudo o que está no orçamento é positivo".
Sobre Catarina Martins, quando diz que não passa cheques em branco ao Governo, o líder do maior partido da oposição deu razão à coordenadora bloquista.
"Não me parece que o tenha feito ao longo destes quatro anos. O Bloco de Esquerda notou-se nos diversos orçamentos de estado e [também] o Partido Comunista. (...) O PS tem de pagar uma fatura pelo apoio do BE e que na nossa ótica é sempre uma fatura negativa", afirmou.
Na sua intervenção na sessão com militantes na Maia, Rui Rio relembrou os dois últimos anos do PSD para alertar para a necessidade de se mudar o cerne do que é ser social-democrata.
"Se estabelecermos um padrão de atuação e cultura do PSD não haja dúvida nenhuma que no dia em que este Governo ou outro qualquer estiver apto a perder, nós ganhamos. O problema é quando o governo já perdeu e nós não estamos aptos a ganhar", enfatizou o político.
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