Em causa estão os aumentos das pensões previstos na lei que têm em conta o crescimento económico e a inflação sem habitação, e que, segundo a consultora, serão de 0,74% para os pensionistas que recebem uma reforma com valor até 2 Indexantes de Apoios Sociais (IAS), ou seja, até 877,62 euros, de 0,24% para quem recebe entre 2 e 6 IAS (2.632,86 euros) e de 0% acima deste patamar.
De acordo com as simulações da EY, um pensionista solteiro/viúvo sem filhos que receba 1.000 euros por mês de pensão verá o seu rendimento bruto anual aumentar de 14.000 euros para 14.033,6 euros (mais 33,6 euros brutos anuais) mas, após impostos, ficará com mais 27,65 euros por ano, o que na prática dará menos de dois euros líquidos por mês.
Já um pensionista solteiro/viúvo sem filhos a ganhar 2.000 euros brutos mensais terá um aumento líquido anual de 51,28 euros anuais (3,6 euros por mês), enquanto uma reformado com 3.000 euros brutos por mês, apesar de não ver a sua pensão atualizada, conseguirá mais 17,89 euros anuais líquidos devido a alterações previstas no IRS.
No caso de um pensionista com 1.000 euros por mês casado em que apenas um recebe pensão, o acréscimo anual após impostos será de 28,73 euros. Se a reforma for de 2.000 euros brutos, então o rendimento líquido aumentará 55,13 euros no ano e se for de 3.000 euros terá mais 7,08 euros apenas por via do IRS, uma vez que não terá aumento da pensão.
Para um casal de pensionistas em que ambos recebem 1.000 euros de reforma (28 mil euros brutos por ano em 2019), a subida das pensões resultará em mais 55,3 euros líquidos por ano. Se se tratar de um casal com pensões de 2 mil euros cada um, o acréscimo será de 102,56 euros líquidos, após terem descontado 31,84 euros em IRS.
Por sua vez, um casal de reformados com 3.000 euros de reforma não terá aumento das pensões mas consegue mais 35,78 euros líquidos por via do IRS.
Para os cálculos, a consultora assumiu a atualização dos escalões de rendimento coletável de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2020 entregue pelo Governo na segunda-feira à noite no parlamento.
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