Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP indica que o EBITDA consolidado (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ascendeu a 1.722 milhões de euros na primeira metade de 2018, uma queda de 10% face a igual período de 2017.
No comunicado ao mercado, a EDP explica a queda dos resultados operacionais com a venda do negócio de distribuição de gás natural na Península Ibérica, durante o segundo semestre do ano passado, a desvalorização do real e do dólar, adiantando que, excluídos estes efeitos, o EBITDA recorrente aumentou 3% para 1.740 milhões de euros.
No primeiro semestre deste ano, as condições de mercado melhoraram, motivadas pela "forte recuperação de hidraulicidade", com as reservas hídricas a ficarem acima da média no final de junho, mas que foi anulada por diversas alterações regulatórias em Portugal na produção - redução dos proveitos com os CMEC, acréscimo de impostos e novas taxas - e também na distribuição - corte de 14% nos proveitos no âmbito da revisão regulatório 2018-2020, que custaram 140 milhões de euros, segundo o comunicado da elétrica.
A dívida líquida da EDP atingiu em junho os 14,2 mil milhões de euros, acima dos 13,9 mil milhões de euros em dezembro de 2017, essencialmente devido ao pagamento de 700 milhões de euros referente ao dividendo anual, em 02 de maio, do exercício de 2017.
A capacidade instalada do grupo EDP subiu 2% em termos homólogos, para os 26,8 gigawatts (GW) até junho, e a produção 7% para 38.191 GWh, dos quais 72% renováveis, que compara com um peso de 60% em igual período do ano passado.
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