Nas contas nacionais trimestrais publicadas hoje, o organismo de estatística, manteve a variação de crescimento de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, divulgada em 31 de janeiro, e que corresponde a uma décima acima do esperado pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2022, entregue em outubro, e o mais elevado desde 1990.
O INE confirmou ainda a expansão homóloga do PIB de 5,8% no quarto trimestre de 2021 e de 1,6% em cadeia.
Taxa de variação homóloga acelerou para 4,2% em fevereiro
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 4,2% em fevereiro, face aos 3,3% de janeiro, segundo a estimativa rápida publicada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o organismo de estatística, "tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 4,2% em fevereiro (3,3% em janeiro)".
Descontando os produtos alimentares não transformados e energéticos registou-se uma variação homóloga do índice de 3,2%, quando no mês anterior foi de 2,4%.
O INE estima que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 14,9% (12,1% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 3,8%, que compara com uma variação de 3,4% em janeiro.
Vendas no comércio a retalho crescem 10,4% em janeiro
O índice de volume de negócios no retalho registou uma variação homóloga de 10,4% em janeiro, depois de 7,4% em dezembro, refletindo os efeitos do confinamento em janeiro de 2021, que afetou o comércio não alimentar, segundo o INE.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o índice de volume de negócios no comércio a retalho passou de uma variação homóloga de 7,4% em dezembro 2021, para 10,4% em janeiro 2022.
No entanto, ressalvou a autoridade estatística, “em parte, esta aceleração reflete um efeito base, pois janeiro de 2021, particularmente no comércio não alimentar, foi marcado pelo efeito do confinamento geral devido ao agravamento da pandemia covid-19, tendo então o índice contraído 9,9%”.
A evolução do índice agregado reflete dinâmicas totalmente distintas dos dois agrupamentos, com os produtos alimentares a abrandarem 6,3 pontos percentuais, para uma variação de 0,4%, e os não alimentares a acelerarem 11,8 pontos percentuais, de uma variação de 8% em dezembro, para 19,8% no mês em análise.
“Estas evoluções foram bastante influenciadas pelo efeito base já mencionado, tendo as taxas de variação homólogas variado 0,9% e -18,1%, pela mesma ordem, em janeiro de 2020”, sublinhou o INE.
A entidade destacou a aceleração de 49,3 pontos percentuais do segmento de têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro, para um crescimento de 66,7% em janeiro (-58,1% em janeiro de 2021), ainda assim cerca de 30% abaixo de janeiro de 2020.
Já os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram taxas de variação homóloga de 4%, 6,8% e 7,1%, respetivamente, depois de variações de 3,9%, 6,3% e 3,7% em dezembro.
Turismo acelera em janeiro com quase o triplo dos hóspedes e dormidas
O setor do alojamento turístico registou 853.200 hóspedes e dois milhões de dormidas em janeiro, o que corresponde a aumentos de 183,7% e 185,9%, respetivamente, em termos homólogos, segundo dados do INE, hoje divulgados.
Segundo as estatísticas rápidas da atividade turística, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o crescimento observado em janeiro foi superior ao que tinha sido registado em dezembro, mês em que o número de hóspedes em Portugal subiu 148,9% e o de dormidas aumentou 169,7%.
No entanto, os níveis atingidos no primeiro mês deste ano foram inferiores aos observados em janeiro de 2020, quando ainda não havia efeitos da pandemia, com reduções de 39,9% nos hóspedes e 38,8% nas dormidas.
No mês em análise, o mercado interno contribuiu com 857.700 dormidas (+104,5%) e os mercados externos totalizaram 1,1 milhões (+308,7%).
Comparativamente a janeiro de 2020, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-20,1%), quer nas de não residentes (-47,9%).
A totalidade dos principais mercados emissores registou aumentos em janeiro, tendo representado 84,7% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
O mercado britânico representou, em janeiro, 14,6% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados alemão (13,4%) e brasileiro (9,4%).
Em janeiro, 41% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, face a 37% em dezembro.
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