De acordo com a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais relativas aos primeiros três meses deste ano, divulgadas hoje pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,8% em volume no 1.º trimestre de 2017, em termos homólogos, depois de no trimestre anterior ter registado uma variação homóloga de 2%.
Este desempenho trimestral homólogo é, assim, o mais positivo dos últimos 10 anos, já que iguala o crescimento verificado no último trimestre de 2007, período em que a economia portuguesa cresceu também 2,8%.
O INE indica que, quanto à variação homóloga, "esta aceleração resultou do maior contributo da procura externa líquida, que passou de negativo para positivo", traduzindo o aumento mais acentuado das exportações do que o das importações, ao passo que a procura interna "manteve um contributo positivo elevado, embora inferior ao do trimestre precedente", registando-se uma "desaceleração do consumo privado e uma aceleração do investimento".
Comparando com o quarto trimestre de 2016, o PIB cresceu 1% entre janeiro e março, depois de no trimestre anterior ter registado um crescimento em cadeia de 0,7%.
A justificação apresentada pelo INE para este desempenho prende-se com a procura externa líquida, cujo contributo para a variação em cadeia do PIB "passou de negativo para positivo, observando-se um significativo aumento das exportações de bens e de serviços, mais elevado que o das importações de bens e serviços".
Por outro lado, o contributo da procura interna "diminuiu de forma expressiva devido, principalmente, ao comportamento do investimento", refere a entidade estatística, acrescentando que a formação bruta de capital fixo foi positiva no primeiro trimestre deste ano, "mas inferior ao observado no trimestre anterior".
Os dados hoje divulgados pelo INE são melhores do que as perspetivas dos analistas contactados pela Lusa anteriormente, uma vez que a maioria deles antecipava que a economia portuguesa tivesse crescido acima de 0,7% em cadeia e entre 2,4% e 2,7% em termos homólogos.
O Governo espera um crescimento do PIB de 1,8% este ano.
[Notícia atualizada às 11h37]
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