De acordo com a segunda edição do ‘Business Conditions Survey’, realizado junto do painel internacional de especialistas do ‘World Footwear’, “o impacto da pandemia de covid-19 irá penalizar fortemente o setor de calçado em 2020″, ocorrendo “o cenário mais negativo” na Europa, com uma perda estimada de 27% no consumo, equivalente a menos 908 milhões de pares comercializados.
Já na América do Norte o recuo previsto é de 21% (menos 696 milhões de pares), enquanto na Ásia a queda esperada é de 20% (menos 2.400 milhões de pares).
Segundo nota a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), “desde a edição anterior deste boletim, publicada em janeiro, a epidemia enfraqueceu fortemente a economia mundial”.
“Em consequência, três em cada quatro membros do painel espera que, nos próximos seis meses, as quantidades de calçado comercializado recuarão”, refere, acrescentando que “metade dos mais de 120 inquiridos, oriundos de 43 países, prevê uma quebra nos preços”.
Segundo as conclusões do estudo, “as perspetivas são globalmente negativas”, mas revelam-se “particularmente más” na Europa, onde nove em cada dez inquiridos antecipa um recuo nas vendas.
Criado em 2019, o painel internacional de especialistas do ‘World Footwear’ recolhe e analisa, semestralmente, informações sobre as condições de negócios nos mercados mundiais de calçado, redistribuindo depois a informação de forma a fornecer uma visão precisa da situação da indústria no plano internacional.
A segunda edição deste inquérito ‘online’ foi realizada durante o mês de março com base em 129 entrevistas a profissionais do setor, provenientes de 43 países (41% com origem na Europa, 31% na Ásia, 16% na América do Norte e os restantes dos outros continentes), sendo que perto de 40% dos inquiridos estão ligados à produção de calçado, 17% ao comércio e distribuição e 43% a outras atividades do setor (associações comerciais, consultoria e outras).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O número total de infetados na China desde o início da pandemia é de 82.249, dos quais 3.341 morreram e, até ao momento, 77.738 pessoas tiveram alta.
Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 23.649 até hoje, e aquele que tem mais infetados, com 582 mil casos confirmados.
O continente europeu, com mais de 973 mil infetados e mais de 81 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 20.465 óbitos e mais de 159 mil casos confirmados.
Em Espanha, as autoridades sanitárias apontam 18.056 mortos e mais de 172 mil casos de infeção.
Além de Estados Unidos, Itália e Espanha, os países mais afetados são França, com 14.967 mortos (mais de 137 mil casos), Reino Unido, com 11.329 mortos (88 mil casos), Irão, com 4.683 mortos (74 mil casos), Bélgica, com 4.157 mortos (31.119), China, com 3.339 mortos (82 mil casos), e Alemanha, com 2.969 mortes (125 mil casos).
O número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou hoje as 800 com mais de 15 mil casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 567 mortos, mais 32 do que na segunda-feira (+6,%), e 17.448 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 514 (+3%).
Dos infetados, 1.227 estão internados, 218 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 347 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
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