“Tendo por referência o ano de 2017, e para as carreiras de elétricos, registámos cerca de 900 interrupções com um total de 621 horas de imobilização. Os proprietários dos veículos infratores, depois de identificados através da certidão emitida pela Conservatória do Registo Automóvel, são interpelados pelo departamento de contencioso da Carris para o pagamento de indemnização pelos prejuízos provocados”, refere a empresa num comunicado enviado à Agência Lusa.
Das 900 interrupções registadas, mais de metade foram objeto de pedido de indemnização, “não uma multa ou coima”, conforme esclarece a Carris, mas de indemnização no âmbito da responsabilidade civil extracontratual, cujo valor depende de vários fatores, entre os quais, tempo de interrupção e quantidade de veículos imobilizados.
Desta forma, a Carris foi indemnizada, no ano passado, no valor total de 74.235 mil euros.
Segundo a empresa, as interrupções à normal circulação foram causadas, maioritariamente, por veículos mal-estacionados, tendo um forte impacto na pontualidade e regularidade das carreiras de autocarros e elétricos.
De forma a combater estas situações abusivas, a empresa esclarece ter em todo o período útil do dia uma equipa “dedicada ao combate da utilização indevida dos corredores BUS e paragens, bem como à fiscalização do estacionamento indevido”, numa parceria entre Carris e Polícia Municipal.
Fonte da empresa avançou ainda que, além desta sinergia, foi iniciado, no final do ano passado, um projeto entre a Carris, Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) e Polícia Municipal, que tem por missão “resolver de forma célere as incidências de impacto na Carris”.
Para que tal aconteça, existe na Central de Comando de Tráfego um elemento da Polícia Municipal e outro da EMEL, que estão em constante articulação com os respetivos centros de controlo operacional.
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