A reunião magna arranca pelas 14:30 (hora de Lisboa) no Taguspark, em Oeiras, indo os acionistas deliberar sobre a manutenção ou fim dos limites à contagem de votos, que constam dos estatutos do BCP e que fazem com que qualquer acionista esteja atualmente impedido de votar com mais de 20%, independentemente da participação que detenha no banco.
Caso se mantenha o limite de voto, os acionistas serão ainda chamados a decidir se este se mantém nos 20% ou se será alterado para 30%.
Nos documentos que acompanharam a convocatória deste encontro, os quatro principais acionistas do banco - petrolífera angolana Sonangol (17,84% do capital social), banco espanhol Sabadell (5,07%), o Grupo EDP (2,56%) e Grupo Interoceânico (2,05%) - consideraram que é "de manifesto interesse social que o banco possa continuar a dispor, como tem sucedido há mais de 20 anos, de uma cláusula de limitação de contagem de votos que propicie proteção e maior equilíbrio das várias posições acionistas", mas defendem que o limite seja alterado.
Assim, em vez de 20% propõem que o limite passe para 30% do capital social.
Esta alteração aos limites de votos é tida como fundamental para que se efetive a entrada como acionista do BCP do grupo chinês Fosun, que já tem em Portugal a Luz Saúde e a seguradora Fidelidade.
A informação divulgada ao mercado indica que a Fosun poderá vir a ficar com uma posição de 16,7% do banco, que poderá aumentar para entre 20% e 30%, consoante os limites de voto existentes no banco.
Depois da assembleia-geral de hoje, o BCP divulga os resultados conseguidos até setembro, depois de no primeiro semestre do ano o banco ter tido prejuízos de 197,3 milhões de euros após ter feito um reforço de imparidades, sobretudo para crédito.
Comentários