Numa entrevista à Confederação Espanhola de Associações de Jovens Empresários (CEAJE), hoje publicada no ‘site’ do BCE, Luis de Guindos afirmou que o BCE decidirá a subida das taxas de juro “reunião a reunião e segundo os dados”, dada a grande incerteza atual.
“Tal como anunciámos no mês de dezembro, haverá mais subidas, as necessárias até que a inflação esteja no caminho para o objetivo de 2%”, afirmou o vice-presidente do BCE.
De momento, com base nos dados atuais, o BCE espera que a inflação atinja o objetivo de 2% no segundo semestre de 2025.
Ainda na entrevista hoje publicada, Luis de Guindos disse que o BCE prevê “uma recessão breve e pouco profunda na zona euro no final do ano”, esperando que o crescimento volte no segundo trimestre de 2023 e que assim permaneça em 2024 e 2025.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A inflação na zona euro recuou um pouco em novembro, para 10% contra 10,6% no mês anterior, graças a uma moderação dos preços da energia.
Com a inflação ainda longe do objetivo de 2% a médio prazo definido pelo BCE, a subida das taxas de juro vai continuar, mesmo com o risco de penalizar ainda mais a economia.
Comentários