O porta-voz do BCE adiantou que as outras duas taxas de juro diretoras do BCE se mantiveram.
Assim, a taxa de juro de referência do BCE à qual empresta aos bancos semanalmente e a um dia mantiveram-se em 0% e em 0,25% respetivamente.
O BCE também anunciou que na reunião de política monetária hoje em Frankfurt decidiu que vai comprar dívida no valor de 20.000 milhões de euros por mês a partir de 01 de novembro e durante o período que for necessário "para reforçar o impacto expansivo das suas taxas de juro".
No comunicado, o BCE afirma que terminará as compras de dívida "pouco antes de começar a subir as taxas de juro".
O BCE também se reservou a possibilidade de descer de novo as taxas de juro, abandonando qualquer horizonte preciso para as aumentar.
A instituição exclui a partir de agora qualquer aumento das taxas de juro, enquanto as perspetivas para a inflação não tenham "convergido solidamente" para o objetivo próximo de 2%.
Ainda em julho passado o BCE prometia não subir as taxas de juro antes de meados de 2020.
Para mitigar os efeitos das taxas de juro negativas nas contas de resultados dos bancos, o BCE decidiu que não vai cobrar o excesso de reservas até um determinado montante.
Depois da reunião do Conselho do BCE, a instituição também anunciou que vai aplicar um sistema de dois níveis "para apoiar o mecanismo de transmissão da política monetária".
Em relação às operações de liquidez a longo prazo, o BCE também informou hoje que vai mudar a modalidade das mesmas "para preservar umas condições de empréstimo bancário favoráveis".
O BCE vai aplicar nestas operações de liquidez a longo prazo a taxa de juro média à qual empresta nas operações de refinanciamento principais, os leilões semanais, que está atualmente em 0%, durante todo o período de vida das mesmas.
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