De acordo com a estimativa rápida da atividade turística, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em novembro de 2021, “o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 265,5% e 287,7%, respetivamente (+115,2% e +137,9% em outubro, pela mesma ordem)”.
No entanto, face ao mês de novembro de 2019, os hóspedes diminuíram 17% e as dormidas decresceram 12,4%.
No mês em análise, as dormidas na hotelaria (82% do total) aumentaram 309,6% (-13,8% face a novembro de 2019), as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,8% do total) cresceram 215,2% (-11,1% face ao mesmo mês de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,2%) aumentaram 197% (+33,6% face a novembro de 2019).
Em novembro, 33,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, uma subida relativamente aos 25,3% registados em outubro.
Segundo a entidade estatística, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e aumentou 140,1%, mas os mercados externos predominaram (peso de 64,5%), totalizando 2,3 milhões de dormidas (+486%).
Comparativamente a novembro de 2019, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-3,4%), quer nas de não residentes (-16,6%).
Em novembro, o mercado alemão representou 15,3% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados britânico (quota de 14,1%), francês (10,2%) e espanhol (10,0%).
Naquele mês, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões nacionais, com a Área Metropolitana de Lisboa a concentrar 31,4% das dormidas, seguindo-se o Algarve (18,5%), o Norte (17,6%) e a Madeira (14,4%).
O INE realçou ainda que a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou 6,1%, em novembro, para 2,45 noites.
Numa análise aos primeiros 11 meses de 2021, verificou-se um aumento de 40,4% das dormidas totais (+36,0% nos residentes e +45,3% nos não residentes), no entanto, comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 47,7% (-10,8% nos residentes e -63,3% nos não residentes).
Entre janeiro e novembro de 2021, as dormidas de residentes representaram 50,7% do total, significativamente acima da quota verificada em 2019 de 29,8% do total.
Naquele período, os principais crescimentos registaram-se nos mercados irlandês (+199,5%), polaco (+170,4%), norte americano (+120,8%) e suíço (+100,7%), enquanto as maiores diminuições se verificaram nos mercados chinês (-63,1%), canadiano (-49,3%), russo (-31,4%) e brasileiro (-22,7%).
Nos primeiros onze meses do ano, todas as regiões apresentaram acréscimos no número de dormidas, com destaque para os Açores (+117,1%) e a Madeira (+73,3%).
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