"O CDS em todas as medidas do Orçamento do Estado que faziam sentido para os portugueses teve uma posição favorável, em muitas foi contra e em muitas absteve-se", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, durante uma ação de campanha à Câmara de Lisboa, à qual se candidata encabeçando a coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM).
A líder centrista, que já tinha defendido uma baixa de impostos em todos os escalões do IRS, numa intervenção há mais de uma semana, disse o partido não tem qualquer problema "em votar pontualmente medidas que pareçam oportunas".
"Votámos, por exemplo, também as medidas relacionadas com o fim da sobretaxa que, aparentemente, só com este Orçamento do Estado é que vai terminar. As nossas votações têm sido consistentes com aquilo que é importante para os portugueses, nomeadamente, ao nível do desagravamento fiscal", argumentou.
Assunção Cristas disse que também gostaria "de ver o PS a aprovar as propostas do CDS de desagravamento fiscal, que foram apresentadas em anos de anteriores, por exemplo em matéria de IRC ou de rendimentos prediais para promoção do arrendamento de longa duração".
"Parece que agora chegaram a esse tema, já perderam dois anos em que podiam ter aprovado as propostas do CDS nessa matéria", sublinhou.
A presidente centrista insistiu que "seria bom" conhecer o Orçamento do Estado antes, "porque tudo isto cheira a medida muito eleitoralista", numa referência à divulgação de medidas avulsas em período eleitoral para as autárquicas, sendo o documento apresentado até dia 15 de outubro no parlamento.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, assegurou no domingo que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) vai contemplar um desagravamento fiscal para todos os escalões do IRS e sublinhou que a sobretaxa vai ser extinta no próximo ano.
"A redução da carga fiscal [em 2018] é uma certeza. Mais uma vez e pelo terceiro ano consecutivo. Especialmente na tributação sobre o trabalho", destacou o governante numa entrevista concedida à RTP1.
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