Na prova, que teve início na Avenida da República, em Cascais, e foi concluída na Praça do Comércio, em Lisboa, Wisley Kimeli efetuou o percurso em 2:08.33 horas, sendo seguido pelos compatriotas Emanuel Kemboi (2:09.10) e Edwin Tuitoek (2:09.48).
Do lado feminino, Rael Nguriatukel levou a melhor em 2:27.11 horas, mais de três minutos abaixo da segunda classificada, Cynthia Kosgei (2:30.36), com o pódio 100% queniano a ser concluído por Sheila Chebet (2:33.48).
Bruno Lourenço, do JFD Running, foi o primeiro português a concluir a maratona, com o 11.º tempo da geral masculina (2:26.44 horas), ao passo que Laura Grilo, a representar o Clube de Praças da Armada, a ser a melhor atleta feminina, no oitavo lugar, com 2:57.03.
“Tentei gerir a minha prova pela elite feminina e não me preocupei muito com o lugar em que ficava. Eu vinha com duas horas e meia de recorde pessoal, consegui bater o meu tempo por quatro minutos. Tentei não me envolver muito até aos 30 quilómetros e, a partir daí, era gerir em função da energia que tivesse. Acredito que consigo correr um bocadinho melhor e recortar ainda um ou dois minutos”, afirmou Bruno Lourenço.
Já Laura Grilo expressou a felicidade pelo objetivo cumprido: “Este ano deu outra vez, é a terceira vez que cá venho. Estava vento e não era muito para tempos, era mesmo para ver como estava a máquina. Foi deixar fluir, de trás para a frente, como deve ser”.
Na meia-maratona de Lisboa, com início na Ponte Vasco da Gama e final no mesmo sítio, o etíope Mosinet Geremew foi o primeiro em 1:03.09 horas, sendo acompanhado no pódio do queniano Peter Kipsirat (1:03.16) e do ugandês Victor Kwemboi (1:03.23).
Na vertente feminina, Faith Kiprotich, do Quénia, venceu com o tempo de 1:10.33 horas e a compatriota Faith Chepkoech ficou a apenas quatro segundos, em segundo, com a etíope Alem Nigus a concluir no terceiro posto, em 1:10.46.
Em relação aos portugueses, André Pereira (Benfica) foi quinto na tabela masculina, ao fechar o percurso em 1:05.51 horas, ao passo que Susana Godinho (RD Águeda) foi a sétima classificada na geral feminina da meia-maratona, em 1:13.24.
“Tinha na minha mente que conseguia baixar de uma hora e quatro minutos. Arrisquei no início, só que a partir dos 10 quilómetros o vento está oposto do que costuma estar em Lisboa. Foi sempre a levar com vento contra e comecei a sofrer. Tentei manter o ritmo, mas, a partir dos 17 quilómetros, as forças foram abaixo. Comecei a desanimar e foi só acabar. Saio desiludido, pois sei que estou a valer mais”, afirmou André Pereira.
Por outro lado, a atleta olímpica Susana Godinho fez um balanço positivo da prestação, embora considerando também que o vento que se fez sentir na capital não a ajudou, mas realçou a boa recuperação efetuada após a sua participação nos Jogos Olímpicos Paris2024.
“Esperava correr mais rápido, mas acho que o vento hoje não ajudou. Senti-me bem na prova, mas, nos últimos quilómetros, o vento estava muito forte. A meia-maratona faz parte do meu calendário competitivo e espero estar ainda em melhor forma daqui a algumas semanas, na meia-maratona de Valência. Senti boas sensações depois dos Jogos Olímpicos, melhores do que as que estava à espera”, frisou a atleta, de 32 anos.
As inscrições para a edição de 2024 da Maratona de Lisboa esgotaram a cerca de três meses da corrida, nos oito mil participantes, incluindo seis mil estrangeiros, de 90 nacionalidades diferentes, sendo dois mil portugueses, um recorde numa maratona.
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